Deejay Telio que subiu ao palco por volta das 03:15 da madrugada apresentou-se aos festivaleiros de Baía das Gatas já sob o grito destes, que se mostravam ansiosos pela sua entrada.
Assim, um “grande público” que o artista já tratava por “família” e que correspondeu acompanhando-o nas músicas interpretadas, sabendo-as de cor e salteado, e que chegou à “loucura”, tal como o próprio cantor disse querer ver.
Entretanto, parecia que a “sabura” não ia muito mais adiante, uma vez que, perto das 04:00 Deejay Telio dava tudo por terminado, algo que fez os mindelenses mostrarem a sua insatisfação e continuar a pedir por “só mais um”.
A resposta veio logo de seguida com o artista a subir de novo ao palco e apresentar mais outros quatro sucessos seus.
Mas, muito antes, o festival internacional da Baía das Gatas começava às 21:40, com cerca de uma hora e meia de atraso, com Vasco Martins, o filho Vamar Martins e Mamadou Sulabanko, que actuaram ainda com a praia pouco composta de gente.
As coisas começaram a aquecer com a entrada do Projecto de Carnaval de São Vicente, que juntou Edson Oliveira, Carmen Silva, Constantino Cardoso, Gai Dias e Anísio Rodrigues, este último que sobressaiu neste “clã carnavalesco”.
Anísio Rodrigues fez o público o acompanhar e tirar o pé do chão na sua actuação, ao lado de mandingas e passistas, e que fez jus ao facto de ser, nestes últimos anos, juntamente com o comparsa JC, os vencedores de “melhor música” do Carnaval de São Vicente. No leque apresentado não ficou para trás o último “Tud eh bada”.
Constantino Cardoso também não deixou os seus créditos por mãos alheias e desfilou os vários sucessos, que o público aplaudiu e acompanhou.
Logo de seguida chegava o “Grace Évora & friends”, composto pelo próprio cantor, Suzana Lubrano, Beto Dias, a banda e ainda os irmãos Almeida, Naná e Totchi, responsáveis pelo coro.
Como sempre Grace Évora mostrou os seus “dotes” e Suzana Lubrano e Beto Dias juntaram-se num “lembra tempo”, acompanhado pelos presentes na estância balnear.
Depois destes chegava Deejay Telio, que foi o destaque do dia, seguido do nigeriano Davido que subiu às 05:15 e continuou quase com a mesma vibração do angolano, apesar de alguma debandada do público, que já se mostrava cansado.
Mesmo assim Davido encontrou quórum e suou a camisa até por volta das 06:00 da manhã, hora em que desceu o palco sem muitas despedidas e deixando os festivaleiros perplexos, ainda com sede de quero mais. Não deu mais nenhuma canção de borla e abandonou os bastidores do palco, indo directamente para o transporte que o levaria à cidade.
Episódios desta segunda noite do festival, que foi considerada pela Polícia Nacional como “bem tranquila”, pelo menos até ao início desta manhã, hora em que a Inforpress fez o contacto e a maioria das pessoas regressavam para casa.
O festival Baía das Gatas, considerado o mais velho certame do tipo em Cabo Verde e que completa 35 anos agora, conclui esta edição no dia de hoje com um cartaz aberto pelo Hip Hop Skills Muvement (Cabo Verde), seguido de Yasmin (Portugal), Loony Johnson, Ricky Man e, a fechar, a banda portuguesa Wet Bed Gang.