Brito-Semedo fez esta declaração no âmbito de uma conversa aberta sobre a colecção “Morna-Música Rainha di nôs Terra”, editada pelo Expresso das Ilhas, Público (Portugal) e Editora A Bela e o Monstro (Portugal), que aconteceu esta sexta-feira, na cidade da Praia.
“Há todo um plano de salvaguarda da morna que agora foi aprovado pela UNESCO e há esta responsabilidade do Presidente do Instituto do Património Cultural (IPC), já deverá avançar com isso”, explica.
Segundo Brito-Semedo, esta conversa aberta tem como finalidade a consagração da morna como Património Cultural Imaterial da Humanidade.
“Esta nossa iniciativa é de sociedade civil e tenho muito orgulho de ter estado neste grupo. Receio é que a sociedade civil não tenha espaço para fazer mais coisas deste tipo, porque a estatização e o ministerialização da cultura sufoque as actividades da sociedade civil”, sublinha.
E neste sentido, disse que espera que a sociedade civil seja suficientemente forte e inteligente para continuar o seu caminho, independentemente dos poderes públicos.
Para Brito-Semedo, este projecto veio antecipar todo o processo da sociedade civil na promoção e preservação da morna.
Conforme o antropólogo, esta coletânea é um presente para a sociedade cabo-verdiana. “É um orgulho fazer trabalho neste contexto em que a morna é consagrada património cultural imaterial da humanidade”.