Organizado pela editora Rosa de Porcelana pela Associação Cabo-verdiana de Lisboa e pelo Grémio Literário, o evento vai contar com a apresentação do mais recente livro sobre a “diva dos pés descalços” e um apontamento musical que reúne músicos que privaram com Cesária, como o guitarrista Armando Tito.
Para já em Lisboa, o evento deverá repetir-se em Paris, onde o sucesso de Cesária Évora se internacionalizou, nos anos 90 do século XX, e também na sua terra natal, a cidade do Mindelo, na ilha de São Vicente.
Sobre o fascínio que ainda hoje Cesária Évora parece ter em vários cantos do mundo, Márcia Souto, da editora Rosa de Porcelana, disse à agência Lusa que advém de vários factores, como “a enorme potencialidade vocal e de interpretação, mas também de traduzir como poucos a crioulidade, que é a matriz da cultura cabo-verdiana, e de veicular uma música que, fruto da fusão de vários povos, se presta à identificação de não cabo-verdianos”.
“Há sempre muito por descobrir sobre Cesária Évora, sobretudo a sua origem, genealogia, que ajuda a entender de onde veio e os dramas, assim como os encantos de Cabo Verde”, afirmou a editora.
E recordou que Cize, como era carinhosamente chamada, “teve uma vida de duras privações e provações, mas manteve-se como uma mulher extraordinária”.