Os projectos que foram divulgados hoje numa mini-feira cultural intitulada “Do Barro às Cordas”, a decorrer no município de São Domingos, visam, segundo o ministro da Cultura e das Indústrias Criativas, Abraão Vicente, em primeiro lugar resgatar as origens e as práticas da olaria e no caso da Cimboa a sua reintrodução na música cabo-verdiana.
“No caso do projecto do barro e da olaria é de resgatar a sua origem, a sua feitura, as práticas tradicionais e inscrevê-la no quotidiano das práticas, não só do fabrico dos utensílios tradicionais, mas também para novas profissões. que podem vir a partir da olaria e do trabalho do barro que é um material nacional”, explicou.
Já em relação ao projecto da cimboa, que tem como título “o despertar da cimboa”, que é um instrumento musical cabo-verdiano por excelência, e que tem desaparecido ao longo dos tempos, a investigação visa a sua reintrodução na música cabo-verdiana nas várias práticas.
“Tanto Olaria com Cimboa terão como finalidade última a sua inscrição na lista indicativa e na lista dos patrimónios da UNESCO”, realçou o governante em conversa com os jornalistas na cerimónia de abertura da feira .
O evento, que tem a duração de dois dias, conta com a participação das instituições tuteladas pelo Ministério da Cultura e das Indústrias Criativas, nomeadamente o Arquivo Nacional e o Instituto do Património Cultural (IPC) e artistas e artesãos locais.
Abraão Vicente adiantou que o objectivo é fazer com que desta feita circule por todos os municípios de Cabo Verde no sentido de promover o trabalho de investigação e o trabalho de promoção da cultura e identidade cabo-verdiana
“Portanto aqui, é promover não apenas o folclore de palcos e espectáculos, mas através da apresentação das nossas instituições como um todo, devolver à sociedade cabo-verdiana um investimento que tem sido feito na cultura ao longo das últimas décadas”, disse.
O encerramento da feira está previsto para a noite do dia 19, romingo, com o concerto “Mornas de sempre”. na praça central.