Um romance historiado
“Um romance historiado e uma história romanceada com bastante lealdade”. É assim que o autor define esta obra, em tudo parecida com uma biografia romanceada de Amílcar Cabral.
Enquanto cronista de Amílcar Cabral, o presente livro de Mário Lúcio desafia-nos a lançar um olhar menos ideológico, mais humano e, por que não, um olhar místico até, nessa figura incontornável da nossa História.
Esta é uma obra que faz lembrar Memórias póstumas de Brás Cubas (1881), de Machado de Assis, Memórias de Adriano (1951), de Marguerite Youcenar, e Crónica de uma morte anunciada (1981), de Gabriel García Márquez.
“A crer no inquérito mandado instaurar logo na manhã tristonha, quatrocentos e sessenta e cinco foram os nomes dos guerrilheiros que declararam saber que Cabral ia ser matado”. Posto isto, a pergunta que se impõe é: – se tantos camaradas sabiam, por que ninguém fez nada? Mistério... ou nem tanto...
Mário Lúcio Sousa
Escritor, Poeta e Dramaturgo
Publicou: Nascimento de Um Mundo (poesia, 1990); Sob os Signos da Luz (poesia, 1992); Para Nunca Mais Falarmos de Amor (poesia, 1999); Os Trinta Dias do Homem mais Pobre do Mundo; Vidas Paralelas (2002); O Novíssimo Testamento (2010); Biografia do Língua (2015); O Diabo Foi Meu Padeiro (2019); Manifesto A Crioulização (2021);
Escreveu: Adão e As Sete Pretas de Fuligem (2001). Sozinha No Palco (2004). Vinte e Quatro Horas na Vida de um Morto (2006), Um Homem, Uma mulher e um Frigorífico (2007), Adão e Eva (2012).
Prémios
Prémio do Fundo Bibliográfico da Língua Portuguesa, 2000;
Prémio Carlos de Oliveira de ficção, Portugal, 2010;
Prémio Miguel Torga- Cidade de Coimbra 2015;
Prémio PEN Clube de Literatura para melhor Romance em Português, 2016.
Texto originalmente publicado na edição impressa do Expresso das Ilhas nº 1066 de 4 de Maio de 2022.