Segundo uma nota enviada, este livro é uma homenagem aos "seus antepassados". A apresentação da obra acontece no Campus da Uni-CV, na cidade da Praia, às 16h45, no encerramento do III Encontro Cabo-verdiano de Língua Portuguesa, financiado pelo Camões - Instituto da Cooperação e da Língua, que reúne conferencistas, presencialmente e em linha, de Cabo Verde, Brasil, Costa do Marfim, Guiné Equatorial, Itália, Nigéria, Portugal, Macau e Senegal.
“Depois das Mangas vêm os Abacates” é um “drama crioulo”, nas palavras do próprio autor, que decorre na Cidade Velha, ilha de Santiago, no século XVIII, em 1726. “Perpétua, Sólido Seguro, Fépu e João S compõem o núcleo de personagens principais, integrado por cinco escravos, um liberto, das primeiras famílias com alforria, e um mercador de escravos”.
“Vidas cujo desfecho é moldado pelo contexto político-económico da época, em que os interesses da Coroa portuguesa foram ameaçados por mercadores ingleses, que, estando em condições de ocupar as ilhas de Santo Antão e São Vicente, poderiam a partir delas ocupar-se do comércio das Costas da Guiné e Minas”, explica a mesma fonte.
A obra já tinha sido apresentada no ano de 2020, em Portugal.
Combatente da Liberdade da Pátria, Eugénio Inocêncio foi um dos deputados do primeiro parlamento cabo-verdiano. Antigo embaixador, e também ex-jornalista, Eugénio Inocêncio, formado em Economia, faz carreira como empresário.
Actualmente é presidente da Associação do Turismo de Santiago e vice-presidente da Câmara de Turismo de Cabo Verde. Estreou-se na literatura em 2016, com “Múrcia”, onde rompe com o paradigma tradicional da literatura cabo-verdiana, abordando temas como homossexualidade e terrorismo cultural.