“Criatura, Uma Autópsia”, escrito e apresentado por Bruna Longo, foi criado tendo como base duas narrativas: “Frankenstein, ou O Prometeu Moderno”, da inglesa Mary Shelley, e a vida da própria autora.
“O espectáculo começou de uma ideia simples, que era fazer uma adaptação do Frankenstein da Mary Shelley, sob o ponto de vista da personagem da criatura, mas durante o processo eu li a Biografia da Mary, e ela me chamou para contar a história dela. Então se tornou num espectáculo que entrelaça a vida da Shelley com a própria obra. Uma vida com muitos eventos, e este espectáculo acabou virando uma fricção entre as duas coisas, entre o romance e a vida da Mary Shelley”, explica a actriz e dramaturga.
“Criatura, Uma Autópsia” estreou em Abril de 2019. Depois de uma paragem forçada pela pandemia, Bruna Longo fala numa reestreia, iniciada este ano no Brasil.
O palco do Centro Cultural do Mindelo recebe esta noite “Ninguém”, do Teatro do Bolhão, numa interpretação de António Campelo. Um monólogo que retrata “os tempos conturbados” que se vivem actualmente e que começou com a pandemia de covid-19.
“O teatro é para nós, e a reflexão que fazemos no monólogo tem um bocadinho a ver com isso, um bocadinho a ideia de que a arte pode salvar-nos, mesmo nesta história da pandemia. É uma viagem feita pelas histórias de alguns actores portugueses e não só, mas é assumido como se fosse um diálogo meu com o público”, explica Campelo.
A 28ª edição Mindelact decorre em Mindelo, conta com uma extensão na Praia, desde 4 de Novembro. Mais de 40 espectáculos, distribuídos pelo palco 1, no Centro Cultural do Mindelo, e palco 2, na Academia Livre de Artes Integradas do Mindelo (ALAIM), compõem o cartaz do festival, que termina sábado, dia 12 de Novembro.