Numa nota da Embaixada de Cabo Verde em Portugal, o artista afirmou que esta exposição surgiu depois dos “Postais Musicais de Cabo Verde”, a colecção composta por cerca de cinco centenas de postais, iniciada em 2002 e já exposta em vários locais em Portugal e no Brasil, e em que procuro contar, pintando, a história da nossa música.
“Sugerindo os traços de todos os intervenientes da nossa cena musical, cantores, cantoras e cantadeiras, compositores e compositoras, alguns conhecidos, outros nem por isso, resolvi, no início de 2023, iniciar uma nova série de pinturas em formato maior, dedicada à mulher, intérprete, compositora, a que chamei ´As Divas da Música de Cabo Verde´”, relata.
Neste sentido, pela primeira vez, a série “As Divas da Música de Cabo Verde” vai estar patente ao público no Centro Cultural de Cabo Verde, em Lisboa. “A minha intenção é evocar as intérpretes actuais, algumas conhecidas e mais ou menos mediáticas, inúmeras vozes emergentes.
O artista explicou que a sua principal motivação é relembrar as vozes anónimas que divulgam a nossa música nos bares e restaurantes de índole cabo-verdiana na diáspora portuguesa, americana, francesa e holandesa.
“Adicionalmente, achei por bem evocar igualmente as inúmeras vozes femininas não cabo-verdianas que abraçaram a nossa música e, à sua maneira, a vão divulgando e tornando-a cada vez mais universalizante. E, no caso da Morna, cada vez mais, um verdadeiro Património Imaterial da Humanidade”, sublinha.