​Gugas Veiga garante que os preparativos para 10º edição do AME estão na reta final

PorDulcina Mendes,28 mar 2024 14:22

A Cidade da Praia acolhe nos dias 1 a 4 de Abril, a 10º edição do Atlantic Music Expo (AME), um evento que traz música, conferências, workshops, feira de stands e vários artistas, delegados e jornalistas de vários países para a capital do país. A 10ª edição do AME terá como o lema a “Sustentabilidade e a formalização”.

Segundo o director do AME, Gugas Veiga os preparativos estão na recta final, os palcos estão a ser montados, os artistas já começaram a chegar à Cidade da Praia.

“Já temos praticamente tudo pronto. Já começamos a montagem dos palcos no Plateau. E no dia 30 e 31, vamos finalizar nos outros dois palcos: no Palácio da Cultura Ildo Lobo e no Auditório Nacional. A área técnica já está bem encaminhada, temos a confirmação de todos os grupos que vêm de fora, tanto os nacionais como internacionais”, confirma.

Gugas Veiga afirma que neste momento estão a afinar a parte interna de acreditação de delegados que vão estar no AME. Já terminaram as inscrições dos delegados e dos stands. “Essencialmente, neste momento estamos a finalizar a parte financeira, de recolher toda a parceria e efectivar em dinheiro disponível para fazer o pagamento da nossa prestação de serviços, de pessoas que nos prestam serviço”.

O director do AME garante que a partir desta sexta-feira, 29, estarão totalmente prontos para receber todas as pessoas que vão participar do evento. “A partir da noite do dia 29 para 30, vamos receber os primeiros artistas, delegados e jornalistas internacionais”, indica.

Abertura

A abertura terá além dos discursos, terá actuações de 40 minutos e homenagens às pessoas e instituições que desde início abraçaram o projecto.

Conforme disse, o formato da abertura do evento difere um bocadinho, por causa das homenagens que fazem para os precursores do AME, parceiros institucionais e comunicação social.

“Vamos fazer curtas actuações de cerca de 40 minutos, que engloba vários jovens artistas. Queremos sempre dar ênfase e oportunidade aos jovens talentos nacionais. Então, vamos ter a presença da escola Cesária Évora Academia de Artes, um grupo de alunos, vamos ter quatro vozes feminino e um jovem tocador de gaita que irá fechar”, explica.

Lema “Sustentabilidade e formalização”

O evento deste ano tem como lema “Sustentabilidade e Formalização”, conforme Gugas Veiga são dois temas muito importantes, para o evento, para tentarmos ser sustentáveis através de parcerias.

“A nossa ideia era sempre fazer contratos plurianuais, para poder ter uma noção de base e expandir. Conseguimos mais financiamento este ano, mas, infelizmente, foi retirado um bocadinho do nosso poder financeiro, devido a cortes por parte do Governo, através do Fundo do Turismo”, aponta.

Mas, disse que estão a trabalhar com aquilo que tem, e procurar, ainda, até ao início desta feira, conseguir um bocadinho mais, para poderem pagar todas as contas.

“Mas, queremos trabalhar também para passar aquela mensagem de sustentabilidade, e também de parte dele ser formalizado, através de conferências e workshops que vamos fazer”, explica.

Sobre esse tema, disse que terão conferência e workshops interessantes. “E tudo versa para isso. Temos primeiro a apresentação de um festival que é sustentável, a nível financeiro, a nível social, e a nível ambiental, que acontece nos Açores, que é um parceiro nosso”.

“Inclusive, este ano, vão realizar “Noite de Cabo Verde”, no mês de Agosto, onde três artistas cabo-verdianos vão actuar. E para apresentar o festival, vamos ter um jornalista cabo-verdiano a fazer, como moderador”, acrescentou Gugas Veiga.

No mesmo dia, à tarde acontece um workshop que tem a ver com a formalização do sector, o Estatuto do Artista, que será apresentado pelo Ministério de Finanças e Ministério da Cultura.

O diretor do AME conta que este diploma é extremamente importante para os artistas terem um documento, um estatuto, que lhes permite ter deveres e direitos, para formalizar o sector.

No segundo dia, teremos uma conferência sobre a criolidade. “Estará cá um antigo Ministro da Cultura e Presidente de Câmara da maior cidade de Seychelles, eles vão falar da criolidade.

“É um tema muito interessante, porque tem a ver com a nossa cultura, e achamos também como houve oportunidade da vinda deles, para estabelecer parcerias entre Seychelles e Cabo Verde. Vão apresentar aquele tema, e na parte da tarde, teremos um workshop que é extremamente importante para nós, que é a parte do `Efeito da Lei do Álcool` no financiamento de eventos culturais e musicais”, frisa.

E, no último dia, vamos ter, de manhã, um Network Brunch, “onde vamos reunir todos os nossos convidados e, também, entidades e parceiros, para conhecerem, e também para eles entenderem onde é que os seus dinheiros estão a ser investido”.

E, à tarde, teremos uma série de apresentações que têm a ver também com a formalização do sector, teremos a Pró-empresa, que vai falar sobre como formalizar, e ter acesso aos financiamentos, no âmbito de projectos, para jovens na área musical”.

“Temos também o INPS, que vai fazer uma apresentação, porque vamos fazer uma campanha com o INPS, para atrair o máximo de pessoas no ecossistema da música e de eventos, para poderem inscrever-se”, prevê.

Também disse que vão ter outros parceiros como Muska, sendo um online de música. “São os nossos parceiros, porque eles nos fizeram um aplicativo, onde que agora, no Plateau, durante o evento, tem QR Code espalhados para as pessoas terem acesso ao programa, através daquele aplicativo, no telefone”.

“Então, vão apresentar os seus trabalhos. E, por último, vamos ter uma parceria entre a urbanização imobiliária, que tem um Ponto de Praia, vão ter uma praça cultural, onde vão divulgar, mas também temos uma parte de apresentação da Miss Cabo Verde Internacional”, indica.


10 Anos de AME

Conforme disse é uma felicidade enorme estar associado a essa data, “podemos fazer uma coisa especial, poder homenagear as pessoas, também, que trabalham desde o início no projecto”.

“E só o facto do AME chegar a 10 anos, acho que é algo para comemorar, é um evento que já está enraizado, o nível de população aqui na Praia. É pena que ainda não conseguimos levá-lo a mais ilhas, mas já levamos para a ilha de São Vicente, mas o nível financeiro não compensou”, revela.

Mas acredita que no futuro, trabalhando com as câmaras municipais e com empresas locais, poderão depois expandi-lo para as outras ilhas, “porque achamos que os cabo-verdianos merecem um evento deste tipo”.

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Autoria:Dulcina Mendes,28 mar 2024 14:22

Editado porAndre Amaral  em  23 nov 2024 23:27

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