Segundo Augusto Veiga, que falava na noite de domingo, 15, no encerramento da edição 2024 da Urdi, o sector do artesanato é “muito importante” para o futuro e para a economia de Cabo Verde e tem uma das classes artísticas “mais bem organizadas” do país.
Pelo que, sintetizou, o Governo vai dar mais mercado a esta classe e vai reforçar o orçamento para a Urdi.
“Vamos duplicar aquilo que o Governo dá para a Urdi, mas vamos trabalhar também em parceria com a CNAD, que é uma grande obra feita aqui em São Vicente, para arranjar mais e maiores mercados para o sector do artesanato”, afirmou.
Segundo o governante, já há também abertura do ministro do Ambiente que se comprometeu em estar na próxima edição da Urdi e que mostrou “grande abertura” em ajudar ainda mais a reforçar o financiamento, através do Fundo do Ambiente, para realizar a Urdi em São Vicente ou uma edição noutra ilha de Cabo Verde.
Por ser a sua primeira vez que participa da Urdi, nquanto tutela da pasta da Cultura, Augusto Veiga mostrou-se “extremamente satisfeito” com o que viveu e com a experiência que teve nesses cinco dias em que decorreu a feira e por ter estado em contacto com o artesanato de Cabo Verde “ao mais alto nível”, e artesãos de todas as ilhas de Cabo Verde.
Por sua vez, o director do Centro Nacional de Artesenato e Design (CNAD), Artur Marçal, a partilha de ideias, experiências e os debates realizados na Urdi mostraram a importância da colaboração e da união em busca de soluções “inovadoras e sustentáveis” no domínio da criação.
“A Urdi não é apenas um espaço de aprendizagem, comercialização e diversão, mas também um ambiente onde podemos fortalecer laços e criar novas parcerias. Esperamos e desejamos que as conexões feitas se transformem em colaborações frutíferas e que continuemos em contactos para trocar ideias e projectos que possam impactar positivamente a ecologia cultural e ambiental nas nossas comunidades”, frisou.
A mesma fonte lembrou que esta edição aconteceu no momento em que o CNAD completou dois anos de funcionamento, após a sua remodelação e que se tem afirmado como espaço vital para as exposições de arte contemporânea, sendo um ponto de encontro entre artistas locais e internacionais.
No entanto, lembrou que o centro apresenta desafios na consolidação da infraestrutura existente, na extensão do acesso a um público mais amplo, na revisão dos estatutos, na adoção orçamental para a programação e no reforço a nível dos recursos humanos.