Mário Lúcio estará no palco do B.Leza, com The Pan African Band, para mostrar o seu sétimo trabalho discográfico, que celebra os 50 anos após a independência de Cabo Verde.
O título do seu sétimo trabalho, “Independance”, inclui “dança” (dance), um jogo de palavras que se refere ao regresso de danças folclóricas anteriormente proibidas e à abertura do país às músicas populares urbanas de Angola, Congo, Guiné, Nigéria, Gana e Senegal.
Este é um álbum decididamente festivo, em que Mário Lúcio tem o prazer de recordar os primórdios da independência, essa época da sua infância cheia de alegria e de música.
Depois de Portugal, Mário Lúcio estará na 14ª edição do Kriol Jazz Festival, que acontece nos dias 10, 11 e 12 de Abril, na cidade da Praia, para apresentar o seu “Independance”.
Mário Lúcio, com 15 anos, fez parte do mítico grupo Abel Djassi, a banda de estudantes do Liceu da Praia era o furor da juventude, pelo seu repertório ecléctico, que incluía Pink Floyd, Carlos Santana, Roberto Carlos, música caribenha e continental africana, Bob Marley e, claro o repertório de Os Tubarões e de Bulimundo.
Os bailes eram realizados nos cinemas, polivalentes, estádios, salões paroquiais, estradas, terraços e hangares de aeroportos. Duravam das 8h00 da noite às 4h00 da manhã e um repertório continha cerca de oitenta músicas.
Mário Lúcio começou na guitarra rítmica e depois foi baixista. Tocou nos bailes de 1980 a 1984, quando vai a Cuba estudar. Os bailes foram a sua grande escola musical.