Em declarações à Inforpress, à margem da cerimónia fúnebre realizada na cidade da Praia, o governante afirmou que Romeu di Lurdis “cantou Cabo Verde com autenticidade e amor” e que a sua obra representa “um testemunho de identidade e orgulho nacional”.
“Era um homem sereno, educado, que usava a música para expressar o seu amor à sua cidade, à Praia, e ao seu país. As suas letras tinham profundidade e uma ligação genuína com o povo”, frisou Augusto Veiga.
O ministro considerou ainda que o desaparecimento do artista “deixa uma lacuna difícil de preencher”, mas acredita que o reconhecimento popular e institucional pela sua contribuição “tornar-se-á ainda mais evidente com o tempo”.
Augusto Veiga garantiu, por outro lado, que o executivo vai prestar-lhe uma homenagem pública “à altura do seu valor e da sua entrega ao país”, assegurando que o reconhecimento oficial acontecerá “em tempo oportuno e com toda a dignidade”.
“O Governo vai prestar-lhe a homenagem que merece, com dignidade e respeito, em reconhecimento pela sua dedicação e pelo valor da sua obra”, reforçou o ministro.
O governante terminou com uma mensagem de solidariedade à família e amigos, lembrando que Romeu di Lurdis “será sempre parte da história cultural de Cabo Verde”.
O músico, compositor, intérprete e activista social Romeu di Lurdis, de 36 anos, faleceu na passada quinta-feira, 9 de outubro, em Portugal.
O artista deslocara-se recentemente ao país para participar num concerto marcado para sábado, 11 de outubro, no Auditório da Igreja da Damaia.
Em janeiro deste ano, Romeu di Lurdis lançou o seu mais recente trabalho discográfico, Kuraçon Aberto, editado cinco anos após o seu primeiro álbum, Amoransa.
Além da carreira musical e do envolvimento em ações sociais e poéticas, Carlos Manuel Tavares Lopes , nome de registo de Romeu di Lurdis , teve também passagem pela política, tendo concorrido a duas eleições autárquicas à Câmara Municipal da Praia, como líder do Partido do Trabalho e da Solidariedade (PTS).