A Federação divulgou um comunicado no qual acusa o IDJ de “intromissão indevida” e de ultrapassar competências legais ao reconhecer a Comissão de Gestão liderada por José Semedo como legítima representante da modalidade.
A reacção surge na sequência da tomada de posição pública do IDJ, que, após analisar documentação enviada pelo Presidente da Assembleia-Geral da FCBB, declarou como “validamente constituída” a Comissão de Gestão saída da Assembleia-Geral Extraordinária de 1 de Novembro de 2025. O Instituto justificou a decisão com a necessidade de garantir estabilidade no basquetebol cabo-verdiano e assegurar a participação do país no ciclo de competições internacionais que arranca nas próximas semanas, referindo ainda não existir, até ao momento, qualquer decisão judicial que invalidasse o processo.
No comunicado agora emitido, a Direcção da FCBB diz “estranhar profundamente” o posicionamento do IDJ e considera que este ultrapassou os limites da sua actuação institucional, intervindo “em matérias que são da competência exclusiva da Direcção da FCBB”. A Federação afirma que o Instituto “não possui legitimidade” para se pronunciar sobre a liderança federativa e alerta que tal decisão cria “um grave precedente institucional”.
A FCBB contraria também a interpretação do IDJ relativamente ao quadro legal existente, alegando que existem documentos oficiais que comprovam a suspensão da Comissão de Gestão reconhecida pelo Instituto. A Federação sublinha que essa suspensão integra um processo judicial em curso, pelo que “a decisão cabe única e exclusivamente ao Tribunal”. Diante disso, acusa o IDJ de apoiar iniciativas “que carecem de base legal”, colocando em causa a credibilidade institucional e a estabilidade da modalidade.
Enquanto o impasse se prolonga, o IDJ assegura já ter comunicado a sua posição à Federação, às partes envolvidas e à FIBA, visando evitar constrangimentos internacionais. A FCBB, por seu lado, reafirma o compromisso com a legalidade, a transparência e a integridade do basquetebol nacional, prometendo continuar a agir nos limites da lei para proteger os interesses da modalidade, dos atletas e dos seus agentes.
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