Carlos Évora, Director Nacional da Economia Marítima, explica que o plano engloba todas as áreas da economia azul e terá sempre como base a exploração sustentável dos recursos.
“Nós temos catorze meses para trabalhar as diferentes áreas que constituem a economia azul e há uma assistência técnica especializada para cada uma dessas áreas. Temos as pescas, aquacultura, transportes marítimos, energias renováveis, resiliência dos oceanos, estudos relativos à oxigenação dos oceanos, entre outros", esclarece.
A definição do plano de investimentos para a economia azul é um dos pontos essenciais do trabalho a ser feito até Junho do próximo ano.
O projecto conta com a assistência técnica da FAO. O representante da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) em Cabo Verde, Rémi Nono Womdim, alerta para os riscos que resultam de um crescimento da economia azul não controlado.
“Problemas como exploração massiva dos recursos pesqueiros, mudanças climáticas e poluição marinha comprometem os meios de subsistência de muitas populações costeiras e o desenvolvimento sustentável do planeta. Neste contexto, nasce o novo conceito que mantém este crescimento mas diminuindo os riscos. A economia azul permite aproveitar os recursos do mar de maneira responsável, facilitando o crescimento azul, criando novas oportunidades, através do emprego azul”, sublinha.
O projecto, orçado em cerca de 1,4 milhões de dólares, é financiado pelo BAD.