José Luís Neves, em entrevista à Inforpress, aponta a questão dos transportes como um dos aspectos menos conseguidos em 2018.
“O país continua com grandes constrangimentos em termos das ligações marítimas, apesar de todas as medidas anunciadas e implementadas para a reestruturação do sector”, diz.
José Luís Neves explica que o problema dos transportes acaba por agravar um outro, relacionado com a dimensão do mercado. Neste sentido, salienta que os transportes aéreos e marítimos “são fundamentais” para garantir a conectividade e a unificação do mercado.
“Se nós não conseguirmos resolver definitivamente este problema vamos ter muitos constrangimentos e dificuldades de viabilizar os negócios e os investimentos empresariais em Cabo Verde”, sustenta.
O secretário-geral da CCS reconhece como um dos maiores ganhos de 2018 o diálogo estreito com o Governo.
“Temos tido um diálogo estreito com o Governo em sede de Conselho de Concertação Social, mas também em sede da elaboração dos orçamentos do Estado. Temos tido a oportunidade de dialogar e fazer as nossas propostas para a melhoria do ambiente de negócios”, indica.
José Luís Neves chama a atenção para aquilo pode ser a perda de competitividade face aos principais concorrentes do país e cita como exemplos as perdas de posições no ranking de Doing Business e Índice Global de Competitividade.
Em 2019, para além da resolução dos problemas dos transportes, o secretário-geral da CCS espera que o ecossistema de financiamento que o Governo criou possa dar um contributo para a resolução de um dos grandes constrangimentos das empresas cabo-verdianas que é o acesso ao crédito.