As novas regras estabelecem a desinfecção minuciosa das embalagens de produtos congelados e a protecção adequada do pessoal em contacto com estes produtos, além do aumento das inspecções sanitárias em toda a cadeia, da chegada às alfândegas até ao ponto de venda.
"Se o resultado de um teste [a um produto congelado importado] der positivo, este deve ser devolvido ou destruído, conforme estipulam as regras", determina-se.
As autoridades chinesas enfatizam ainda a necessidade de registar o trajecto feito por cada um destes produtos, para facilitar o rastreamento de possíveis infecções.
O anúncio surge um dia depois de um estivador no porto da cidade de Tianjin, norte do país, ter sido diagnosticado com COVID-19.
O homem foi infetado após ter tido contacto com uma embalagem na qual foram encontrados vestígios do vírus, segundo a imprensa local.
No sábado, as autoridades da cidade de Dezhou, na província de Shandong, alegaram terem encontrado vestígios do vírus durante uma inspecção aleatória de embalagens de carne de porco congelada oriunda da Alemanha que desembarcaram no porto de Tianjin, em 19 de Outubro passado, o que pressupõe que o vírus sobreviveu na embalagem por pelo menos 19 dias.
Em 24 de Setembro, dois estivadores no porto oriental de Qingdao contraíram também o vírus ao entrarem em contacto com embalagens que continham vestígios de COVID-19.
A infecção resultou, semanas depois, num surto na cidade, segundo as autoridades chinesas.
Nos últimos meses, vários produtos congelados oriundos de países como o Equador ou o Brasil colocaram em alerta as autoridades chinesas.
Em Agosto passado, a província central de Shanxi anunciou a proibição da compra, venda e uso de camarão branco do Equador, após detetar vários casos do coronavírus em embalagens.
A cidade de Shenzhen, no sudeste, detectou vestígios do vírus em pacotes de asas de frango congeladas do Brasil e, um mês antes, em frutos do mar do Equador.
O número total de infectados ativos na China continental é de 424, entre os quais oito estão em estado grave.
A China registou, no total, 4.634 mortos devido à doença, e 86.245 infetados, desde o início da pandemia, na cidade de Wuhan, no centro do país.