De acordo com dados do relatório e contas do BCV, o custo de quase 45,6 milhões de escudos “espelha os custos suportados com a emissão da nova família de notas e com a destruição de notas”, comparando com os 40,4 milhões de escudos, em 2019.
“O aumento de 12,65% face a 2019 deve-se ao condicionamento do serviço de saneamento de notas durante o período de estado de emergência decretado pelo Governo em março de 2020, para mitigar os feitos causados pela pandemia da covid-19”, justifica o banco central.
Enquanto autoridade monetária e banco emissor, o Banco de Cabo Verde tem como função emitir e colocar em circulação notas e moedas metálicas do escudo cabo-verdiano, com curso legal e poder liberatório, incluindo as comemorativas.
Em 2019, foi determinada a retirada de circulação da nota de valor facial de 1.000 escudos, até Fevereiro de 2030 e encontra-se em curso ainda a retirada de circulação das notas de valor facial de 200 escudos e de 2.000 escudos, iniciada em 2018, segundo o BCV.
O total do valor das notas em circulação em Cabo Verde ascendia em dezembro passado a 12.393.987.000 escudos, um crescimento de 7,30% face a 2019, enquanto as moedas em circulação totalizavam 702.064.000 escudos, 1,56% acima do verificado no ano anterior.
Em 2020, as notas em circulação em Cabo Verde representavam 94,64% do total e as moedas 5,36%.
Segundo o BCV, Cabo Verde tinha em circulação no final de 2020 notas e moedas no valor de mais de 13.096 milhões de escudos, um aumento de 6,97% face a 2019, "associado ao crescimento da emissão monetária, em decorrência, sobretudo, do condicionamento do serviço de saneamento de notas durante o estado de Emergência decretado no país, para mitigar os efeitos da pandemia provocada pela covid-19".