De acordo com o relatório do Instituto Nacional de Previdência Social (INPS) relativo a Junho deste ano -que actualizou igualmente os dados dos meses anteriores -, Cabo Verde tinha naquele mês 172 mulheres e 163 homens a beneficiar do subsídio de desemprego.
Desse total, a ilha do Sal continuava a ser a mais afectada, com mais de metade (189) dos trabalhadores a receber subsídio de desemprego, sendo também a mais turística do país, sector que está praticamente parado desde o início da pandemia de COVID-19.
O registo de 335 trabalhadores com subsídios de desemprego em Junho (529 em abril e 480 em Maio) compara com os 1.183 em Junho de 2020, já com os efeitos económicos da pandemia, registo que subiria ainda até ao pico de 1.253 em Julho também do ano passado.
Nos primeiros seis meses de 2021, o INPS gastou 41,7 milhões de escudos (377 mil euros) com a atribuição de subsídios de desemprego.
Mais de 40% dos trabalhadores que perderam o emprego em 2020, durante a pandemia de COVID-19, são da ilha do Sal, segundo dados anteriores do INPS sobre as medidas de mitigação da pandemia.
De acordo com os mesmos dados, de 01 de Abril a 31 de Dezembro de 2020 foram atribuídos 1.947 subsídios de desemprego em todo o arquipélago, no valor global de quase 110 milhões de escudos (um milhão de euros).
Desse total, 810 subsídios de desemprego foram atribuídos na ilha do Sal (41,6%), fruto da ausência de turismo, devido às restrições impostas com a pandemia de COVID-19.
O Produto Interno Bruto (PIB) de Cabo Verde depende em 25% do turismo, com um recorde de 819 mil turistas em 2019, mas parado desde a pandemia, provocando uma queda superior a 60% durante o ano de 2020.