TICV: Ministro espera despedimentos abaixo dos 60 anunciados

PorExpresso das Ilhas, Lusa,4 nov 2021 7:16

O ministro dos Transportes, Carlos Santos, disse esta quarta-feira que espera que o volume de despedimentos na companhia aérea TICV seja inferior aos 60 anunciados em 20 de Outubro, admitindo que há negociações a decorrer.

“Pelas informações que nós temos há negociações que estão a decorrer, o processo está em curso, o Governo está a acompanhar, sendo um accionista da TICV, portanto estamos esperançados que desse processo não será o volume que se apresentou na comunicação social”, afirmou Carlos Santos, questionado numa conferência de imprensa, na Praia, com o homólogo angolano, Ricardo Viegas d’Abreu, que terminou hoje uma visita de três dias ao arquipélago.

Contudo, disse, o assunto é da administração da empresa privada Transportes Interilhas de Cabo Verde (TICV), liderada desde Julho pelo grupo angolano BestFly, altura em que o Estado cabo-verdiano passou a deter também uma participação de 30% na companhia aérea, a única que realiza voos domésticos no arquipélago.

“Essa é uma questão que tem de ser colocada ao conselho de administração da empresa em primeiro lugar”, enfatizou.

Em 20 de Outubro foi anunciado publicamente, através de uma carta da empresa aos trabalhadores, que a TICV iria fazer um despedimento colectivo de 60 colaboradores, para permitir a viabilidade da operação.

Também nesse sentido, o ministro Carlos Santos recorda que a procura pelos transportes aéreos domésticos em Cabo Verde “reduziu para metade” face ao período anterior à pandemia de covid-19.

“Nenhuma empresa consegue ser sustentável nessa situação”, afirmou Carlos Santos, admitindo que os despedimentos que se concretizarem resultam da “retração na procura”.

“Esperamos que haja uma retoma muito rápida, designadamente do mercado turístico”, disse ainda.

Em causa está um despedimento colectivo que no limite, conforme processo iniciado pela empresa, poderá levar à extinção de até 60 dos mais de 130 postos de trabalho, em vários departamentos da TICV.

A intenção é cessar os contratos de trabalho a partir de 20 de Novembro, mas fonte oficial da companhia contactada em Outubro pela Lusa já tinha admitido que o número final deverá ser inferior ao previsto.

“Esperamos que não sejam tantos, mas uma empresa que não trabalha há quase seis meses não consegue manter 135 postos de trabalho. Precisamos de assegurar a viabilidade da companhia”, indicou a mesma fonte.

A TICV, detida pelo grupo BestFly, retomou em 23 de Agosto as ligações aéreas domésticas no arquipélago, com mais de 400 passageiros transportados e uma taxa de ocupação de 66%.

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Autoria:Expresso das Ilhas, Lusa,4 nov 2021 7:16

Editado porAndre Amaral  em  5 ago 2022 23:28

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