Em comunicado, a Transportes Aéreos de Cabo Verde (TACV) refere que a ligação Sal – Lisboa – Sal será a próxima rota a ser operada pela companhia, que voltou a voar em Dezembro, após 21 meses sem actividade comercial devido à pandemia de covid-19.
Os voos semanais envolvendo o Aeroporto Internacional Amílcar Cabral arrancam em 11 de Fevereiro, com a ligação entre Lisboa e o Sal, à sextas-feiras, e do Sal para Lisboa, aos sábados.
“Conforme plano de retoma, a companhia está a introduzir, de forma gradual, mais voos com base na evolução da pandemia da COVID-19 e a recuperação dos mercados emissores”, recorda o comunicado.
A TACV retomou as operações na rota Lisboa - Praia em 27 de Dezembro, coincidindo com o 63.º aniversário da companhia aérea cabo-verdiana, depois de um interregno iniciado em Março de 2020, na sequência das limitações internacionais impostas para conter a pandemia.
Entretanto, a companhia anunciou que vai reiniciar as operações semanais na rota Lisboa – Mindelo, ilha de São Vicente, em 03 de Fevereiro.
No final de Dezembro, após assembleia-geral extraordinária, a presidente da companhia, Sara Pires, previu também o regresso dos voos entre Praia e Boston (Estados Unidos da América), no segundo trimestre.
Ainda durante este ano, Sara Pires avançou que a transportadora de bandeira cabo-verdiana pretende retomar ligações a Paris e ao mercado brasileiro.
A companhia retomou as operações com um avião, com duas ligações semanais Praia–Lisboa, mas segundo a presidente deverá introduzir um novo aparelho no segundo trimestre deste ano e até final de 2023 ter três aviões a voar com as suas cores.
Todo este plano de retoma, alertou, está condicionado pela situação da pandemia de covid-19 neste momento, com o recrudescer de casos novos não só em Cabo Verde, com a circulação da variante Ómicron.
Em Março de 2019, o Estado de Cabo Verde vendeu 51% da TACV por 1,3 milhões de euros à Lofleidir Cabo Verde, empresa detida em 70% pela Loftleidir Icelandic EHF (grupo Icelandair, que ficou com 36% da Cabo Verde Airlines – nome comercial da companhia) e em 30% por empresários islandeses com experiência no sector da aviação (que assumiram os restantes 15% da quota de 51% privatizada).
O Estado cabo-verdiano assumiu em 06 de Julho a posição de 51% na TACV, alegando vários incumprimentos na gestão e dissolvendo de imediato os corpos sociais.
Em 26 de Novembro, a Loftleidir Cabo Verde anunciou que deu início a um processo arbitral contra o Estado cabo-verdiano alegando “violação dos acordos celebrados entre as partes”, face à renacionalização da companhia aérea de bandeira TACV.