"Estamos a assistir ao recompor das peças do puzzle da aviação civil em Cabo Verde"

PorExpresso das Ilhas, Inforpress,15 mar 2022 7:50

O ministro do Turismo e Transportes considera que aquisição do avião da TAAG pela TACV, em regime de leasing, é mais uma peça para recompor o puzzle da aviação civil, depois do sector ter sido fustigado pela pandemia.

Carlos Santos falava aos jornalistas depois de, na companhia do seu homólogo angolano, Ricardo Viegas D’Abreu, terem visitado a aeronave que se encontra estacionada na placa do Aeroporto Internacional Nelson Mandela, na Cidade da Praia.

Trata-se do Boeing 737-700 da TAAG, com capacidade para 120 passageiros, adequado às viagens de média duração e que, nas perspectivas da presidente do Conselho de Administração da TACV, Sara Pires, serve “muito be” para o destino que a companhia cabo-verdiana está a operar neste momento, que é Lisboa.

“Nós tínhamos dito que, gradualmente, paulatinamente nós iríamos recompor essas peças. Já o fizemos nos transportes domésticos e agora na companhia TACV”, realçou o ministro, indicando que há mais oportunidades no quadro da cooperação com Angola, para atrair mais sinergias a nível do sector dos transportes e da aeronáutica civil.

“Há oportunidades de nós olharmos também para o continente africano, oportunidade de nós atraímos sinergias entre os dois hubs – o hub de Luanda, que está em construção, e o Hub do Sal que também está em construção”, sustentou.

O governante cabo-verdiano explicou que a disponibilização do avião da TAAG à TACV é fruto das negociações realizadas entre a Administração da TACV e da TAAG.

Da parte angolana, o ministro dos Transportes, Ricardo Viegas D’Abreu, congratulou-se com este primeiro passo, salientando que da parte angolana há abertura para avançar mais.

Entretanto, adiantou que “num tempo novo”, como é da pós-pandemia, é importante que as decisões empresariais sejam feitas com racionalidade e sentido económico de viabilidade.

“Obviamente que há um trabalho que as duas companhias aéreas, enquanto empresas, têm que desenvolver nos próximos tempos, no sentido de procurar maximizar as oportunidades de conseguirmos ter sustentabilidade nessa vontade dos dois Estados, de estarmos mais próximos, procurarmos uma cooperação mais profícua.

Portanto é um primeiro passo, o resto como se costuma dizer – o céu é o limite”, disse.

O Boeing 737 -700 da TAAG é disponibilizado, inicialmente, em regime de “wet leasing”, devendo ser operado pela tripulação angolana, pelos menos nos próximos dois meses.

De seguida passará ao regime de ‘dry leasing’ e o mesmo passará a operar com as cores da TACV Cabo Verde Airlines, a tripulação nacional e todo o serviço de manutenção será garantido pelo pessoal cabo-verdiano, assim como o seguro estará a cargo da TACV.

Substitui o Boeing-757 que a empresa vinha utilizando em regime de wet leasing desde que iniciou as operações a 27 de Dezembro.

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Autoria:Expresso das Ilhas, Inforpress,15 mar 2022 7:50

Editado porAndre Amaral  em  29 nov 2022 23:28

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