A informação foi hoje avançada pelo ministro do Turismo e Transportes, Carlos Santos, em conferência de imprensa.
"Depois da pandemia, demos conta que não tendo uma companhia ficamos muito mais vulneráveis, com companhias a praticar preços exorbitantes. Ou seja, vem mais reforçar este argumento que o país tem que nós devemos voltar a pegar na nossa companhia", começou por dizer.
Conforme afirmou, o governo quer voltar a pegar na companhia nacional, estabilizá-la para quando houver "águas calmas” em Cabo Verde e no mundo e reprivatizar a mesma continuando ao serviço do país.
Ao colocar o valor de 1 milhão de contos à disposição da TACV, o governante considera que se está a criar um quadro previsível para todos os parceiros da empresa, sejam eles clientes, fornecedores, accionistas, mas também a banca que é o credor.
Isto, para que vejam que de facto há um interesse sério do accionista maioritário, que é o Estado, em fazer a empresa crescer.
Carlos Santos referiu que este processo vai cobrir e dar legalidade ao que foi injectado ao longo de 2022 e dá um remanescente para cumprir com o valor de 1 milhão.
"O objectivo é aprovar para 2022, 2023 e 2024 que é o período que consideramos que vamos conseguir resolver o problema de estabilização da empresa para poder ser privatizada", esclareceu.
Ainda durante a conferência de imprensa, o ministro do Turismo reafirmou que nos próximos meses o executivo quer trazer uma segunda aeronave.
"Porque com uma única aeronave a empresa não vai conseguir levantar voo de forma consistente, mas também não é só com o mercado cabo-verdiano que vamos viabilizar a TACV. E para olhar para o mercado internacional temos que trazer know-how internacional parceiros e por isso é que falamos numa privatização nos próximos anos", explicou.