“O grande desafio é ir à procura do investimento que queremos” - PCA da CV TradeInvest

PorJorge Montezinho,5 fev 2023 6:00

José Almada Dias, PCA da Cabo Verde TradeInvest
José Almada Dias, PCA da Cabo Verde TradeInvest

Gerar Investimento. Promover Exportações. Facilitar e Cuidar do Investidor. Facilitar e Cuidar do Exportador. Criar e Divulgar a Imagem do País. Advogar para a Melhoria do Ambiente de Negócios. Estes são os mandatos da Cabo Verde TradeInvest, que tem como missão promover o crescimento económico sustentável, inclusivo e equilibrado de Cabo Verde com a mobilização de investimentos de qualidade e a dinamização de exportações de produtos e serviços a fim de melhorar a qualidade de vida dos cabo-verdianos em termos de emprego, oportunidades e mobilidade social. O balanço de 2022 e as perspectivas para o ano que agora começou, nesta entrevista exclusiva com o Presidente do Conselho de Administração, José Almada Dias.

Como não poderia deixar de ser, começamos com o balanço de 2022. Como correu o ano à Cabo Verde Trade Invest?

O ano de 2022 foi o melhor da História de Cabo Verde, no tocante à captação de investimento. Pelo terceiro ano consecutivo, o país bateu o recorde de valores de investimento contratados pelo Governo – nesse período, que coincide com o exercício de funções da Administração que lidero, o país passou das centenas de milhões de euros captados anualmente, para os milhares de milhões de euros desde 2020, como se pode ver no gráfico da evolução do volume de investimento contratado desde 2015. A CVTI, enquanto agência responsável pela captação de investimento, liderou esse processo em que participam igualmente várias instituições do Estado de Cabo Verde, sob a liderança do Governo, e estamos todos muito contentes com esses resultados extraordinários conseguidos num contexto difícil de crises internacionais provocadas pela pandemia do Covid-19, pela guerra na Ucrânia e agora pela inflação generalizada dos preços a nível mundial. A captação de investimento, que inclui o investimento estrangeiro é um processo complexo que compreende as fases de atracção dos investidores, seguido da fase burocrática de tramitação dos projectos até a sua aprovação e seguidamente a fase de implementação e seguimento.

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A CVTI que teve também, pela primeira vez sozinho, a organização de grandes eventos.

No capítulo da promoção do país, a CVTI organizou e participou num número recorde de grandes eventos durante 2022. Pela primeira vez o Governo atribuiu a responsabilidade da organização do Cabo Verde Investment Forum, uma grande responsabilidade que muito honra à agência. Tivemos o CVIF 2022 Dubai, em Fevereiro, no âmbito das comemorações do Dia Nacional de Cabo Verde na Expo Dubai. E tivemos o CVIF Cabo Verde, na ilha do Sal, em Junho, com um volume de negócios de 4 mil milhões de euros, mais do dobro da edição anterior de 2019. Para além disso, em 2022 a CVTI apoiou e participou na organização de diversos eventos promocionais no país promovidos por outras entidades: missão de empresários da República Checa, Polónia, Espanha e Itália, organizada pela Câmara de Comércio Checo-Cabo-Verdiana e integrada no projecto Green Small Smart Cities, financiado pelo Cosme Cluster Go International (Programa da UE para a Competitividade de Empresas e PMEs). Conferência de Comércio e Investimento Cabo Verde-Florida. Lançamento do Grogue JBey da ilha Brava. 10ª reunião extraordinária do Conselho de Governadores da BIDC. Feira Checa em Cabo Verde. Lançamento de Guia de Investimento – Quadro regulatório de Cabo Verde. Global Entrepreneurship Week (GEW). Missão Empresarial Energia – VIII Simpósio Germano-Cabo-Verdiano de Energia e Reuniões B2B. Tropic Summit. Missão do Vice-presidente do IFC a CV. Em relação à participação em eventos no exterior, estivemos no worshop de competitividade da Africa Ocidental, na Nigéria, no workshop de rede das agências de promoção e exportações da CEDEAO, no ACP Peer to peer Learning event, em Angola, financiado pelo Banco Mundial, na abertura do Consulado Honorário em Málaga, na assinatura de protocolo de cooperação entre a PROEXCA das Canárias e as agências de investimento dos países da África Ocidental em Las Palmas, Gran Canaria e na III Cumbre da Macaronésia.

Quais as acções que destacaria em relação ao apoio aos empresários?

A CVTI, sob orientação do Sr. Vice-primeiro Ministro, Olavo Correia e da Secretária de Estado do Fomento Empresarial, Adalgisa Vaz, participou activamente no apoio aos empresários, nacionais e estrangeiros na procura de soluções de financiamento e de parcerias, em estreita colaboração com as instituições do ecossistema de financiamento criado pelo Governo, designadamente a Pro Empresa, Pro Garante e Pro Capital, a que se juntam agora o Fundo Soberano de Garantia e o Fundo de Investimento Impacto. Nesse esforço conjunto entram também as associações representativas do sector privado. 2022 foi também o ano do reforço da ligação com a nossa rede de representações diplomáticas no exterior, que incluiu as Embaixadas e Consulados, e com os Ministérios dos Negócios Estrangeiros num esforço conjunto para acelerar a diplomacia económica. A colaboração com o Ministério dos Negócios Estrangeiros, no estabelecimento de uma parceria para implementar uma verdadeira agenda de diplomacia económica, avançou bastante, e temos tido reuniões muito frequentes com a Direcção Geral da Cooperação e Desenvolvimento para estabelecer, juntamente com outras instituições do Estado e do sector privado, uma Plano de Promoção do país que seja articulado e com a participação do sector público e privado. Nesse âmbito fomos convidados pelo Sr. MNEC Rui Figueiredo Soares a integrar uma delegação que se deslocou à cidade espanhola de Málaga para abertura de um Consulado Honorário, uma acção de diplomacia económica iniciada pela nossa Embaixada em Madrid e que já está a dar frutos, com o anúncio de um voo Málaga/Sal. Málaga é a capital económica da Andaluzia, que tem uma população de 8,5 milhões de habitantes e que alberga alguns dos pontos turísticos mais importantes de Espanha, como Marbella, Puerto Banus, entre outros. Com o Ministério das Comunidades iniciamos um processo conjuntamente com outras instituições de desenhar uma estratégia de atração estruturada de investimento da diáspora, permitindo oferecer aos nossos emigrantes alternativas de investimento que vão para além do habitual, isto numa altura em que as remessas dos emigrantes estão a aumentar todos os anos, o que mostra a confiança que os mesmos têm no país.

As relações com as autarquias também mudaram em 2022. Ainda não foram a todos os municípios, mas quando esperam ter esse contacto, com todos, concluído?

2022 foi o ano que iniciamos um processo de aproximação e estreitamento das nossas relações com as Câmaras Municipais do país. Começamos pelos municípios do interior da nossa ilha maior, num périplo que nos irá levar a todos os 22 municípios do país. Agora que já temos a nova versão da plataforma do Balcão Único do Investidor, começamos já o processo de nos ligar-nos virtualmente com os municípios, com a vantagem de que um investidor residente em qualquer município não tem que se deslocar nem à Praia, Mindelo ou Sal para contactar a CVTI, como acontecia antes. Agora bastará dirigirem-se aos serviços da edilidade e, a partir daí, o seu processo de tramitação visando obter o estatuto de investidor será feito online, em contacto directo com os gestores de cliente da CVTI em conjugação com os focal-point nomeados por cada município. Esse trabalho será concluído no primeiro trimestre deste ano de 2023 para os restantes municípios. A mesma ferramenta estará disponível brevemente nas nossas Embaixadas, o que permitirá aos nossos emigrantes apresentar, tramitar e mesmo aprovar os seus projectos sem terem necessidade de estarem a deslocar-se a Cabo Verde.

Ainda sobre 2022, como tem evoluído o Centro Internacional de Negócios (CIN)?

No tocante ao Centro Internacional de Negócios, registamos mais 2 empresas em 2022. Poderiam ser mais, mas existem ainda alguns impedimentos legais que nos impossibilitam abrir para outros sectores de serviços, uma área sob intenso escrutínio internacional. Estamos a trabalhar em estreita colaboração com o Fórum da Transparência Global e com a própria União Europeia para que a implementação do CIN siga as melhores regras internacionais, evitando seguir caminhos que outras jurisdições seguiram e que as colocou nas listas cinzenta ou mesmo negras. Consideramos que um dos maiores activos que Cabo Verde possui é a sua reputação internacional que deve ser preservada. Estamos a finalizar os TdR para uma consultoria internacional com apoio dos fundos do Banco Mundial, para possam ser encontradas as melhores vias jurídicas que nos permitam atrair um maior número de empresas. A CVTI passou, também em2022, a representar o Estado de Cabo Verde no Compacto Lusófono – eu sou o focal-point – criado pelo BAD e que visa criar mais uma solução de financiamento para os empresários dos PALOP. Para além de participar assiduamente nas reuniões do Compacto, somos responsáveis pela preparação do pipeline de projectos privados que tem que responder às condições exigidas pelo banco – a boa notícia é que a assinatura da garantia de 400 milhões de euros pelo Governo de Portugal aconteceu durante 2022 e, portanto, já estão criadas as condições para que esses projectos sejam analisados e potencialmente financiados. Em resumo, foi um ano com uma actividade muito intensa da CVTI em vários domínios e com resultados extraordinários.

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Em termos de estratégias de atração de investimentos, quais foram as principais?

Uma das coisas que temos de realçar é a promoção do país como destino de investimento. Mas precisamos de fazer muito mais. Aqui reside um dos principais desafios que o país tem, preparar um verdadeiro plano de promoção do país, o que nunca foi feito. Cabo Verde tem presença assídua em grandes feiras tradicionais de turismo, mas aí não estão os grandes investidores e o grande desafio é ir à procura do investimento que queremos e estar presente nos grandes fóruns dedicados aos investidores. Sob nossa proposta, e com a anuência do Governo, estamos a ultimar um Plano de Promoção de Cabo Verde, com a envolvência dos vários Ministérios, serviços e empresas públicas dos vários sectores da economia nacional, para que possa haver uma promoção concertada, articulada e previsível. O sector privado também será envolvido. É um exercício que nunca foi feito antes, porque com informação atempada ganha-se eficiência e eficácia. O plano prevê a presença nos grandes fóruns de investimento que se realizam anualmente nos principais mercados e onde Cabo Verde tradicionalmente sempre esteve ausente – fóruns dedicados a investidores, aos grandes players dos sectores. Já que não podemos continuar a receber investidores, temos que ir lá fora escolhê-los a dedo, consoante as nossas conveniências e interesses do país. Não chega ir aos eventos comerciais do sector das viagens e turismo, é preciso ir onde estão os investidores a debater as novas tendências de investimento – estou a falar de eventos como o MIPIM, o maior salão imobiliário do mundo, ao Hotel Investment Fórum na Alemanha, o maior evento de investidores em hotelaria. Só assim podemos ser verdadeiramente competitivos, porque os competidores estão lá a vender as suas oportunidades. Dou o exemplo das Seychelles. Em 2014, as Seychelles tinham pouco mais de 90 mil habitantes e investiam anualmente 5 milhões de euros por ano em promoção do país. Cabo Verde, nessa altura ainda um destino emergente, investia cerca de 5% desse valor por ano. É preciso ter em conta que as Seychelles já eram um destino turístico consolidado, já conhecido como o melhor exemplo de desenvolvimento sustentável do planeta. Mas continuavam a investir anualmente essa importante soma.

Cabo Verde teve agora a Ocean Race, uma forma de promoção do país, mas que teve críticas aos montantes envolvidos para atrair a regata para o país.

A Ocean Race foi a maior aposta promocional jamais feita na História do país – uma decisão acertada que só peca por atraso e com retorno em termos de prestígio internacional para o país. Foram projectadas as potencialidades do país junto dos segmentos de turismo médio-alto que acompanham esse tipo de eventos. Os benefícios em termos da imagem de um país que ainda é um ilustre desconhecido na arena mundial são incomensuráveis. São apostas como a Ocean Race que nos trazem turismo de alto valor acrescentado e turistas para hotéis como o Hilton no Sal, Sheraton em São Vicente, ou Radisson na Praia e é preciso continuar a aposta em actividades que atraem turismo de alto valor acrescentado: equipamentos permanentes que possam atrair grandes eventos, campos de golfe, marinas para super iates, salas de congressos, etc. Não se pode vender ouro a preço de latão (bronze). Muito se falou no dinheiro que o governo gastou, mas mesmo assim, ficámos muito aquém do investimento feito por países mais pequenos do que nós todos os anos na promoção, como as Seychelles, Trinidad e Tobago entre outros.

Por falar em promoção, como está a diversificação dos projectos por ilha e por sectores?

Cabo Verde tem prosseguido uma estratégia de diversificação da sua economia e aqui é preciso dizer que o turismo contribui de forma directa com cerca de 25% do PIB – de forma indirecta, se calhar, ultrapassa os 50% – e naturalmente que há a vontade política de diversificar a economia, mas há ainda muito para fazer no turismo. A diversificação da economia começa pelo sector do turismo, ainda hoje muito concentrado na oferta de sol e praia e em duas ilhas, principalmente. Já temos algum ecoturismo – Santiago, Fogo, Santo Antão e São Nicolau – já temos alguns hotéis de cidade, tendo em vista o turismo urbano e cultural, já há alguma construção de salas de congressos, mas temos de fazer uma aposta maior, mas temos também uma área que pode trazer uma mudança grande para Cabo Verde que é o turismo residencial. Já há algum, mas de forma muito aleatória. Cabo Verde tem um potencial enormíssimo para este tipo de turismo, que traz receitas e que traz comprometimento. Quando um cidadão inglês, americano, ou de um país africano, decide comprar uma casa em Cabo Verde cria um comprometimento, não é um turista que vem uma semana e pode nunca mais voltar. Estamos a falar de um turismo que mudou muitas zonas do mundo, mudou o Algarve, mudou o sul de Espanha, tornou-os destinos de ano todo e combateu assim a sazonalidade. Além disso, é um turismo que se liga ao turismo de saúde, aos nómadas digitais, é um campo imenso para a diversificação da economia, dentro do sector do turismo. Depois, temos a economia azul, onde temos muito por explorar. O sector da transição energética, que está a ser acelerado e cria oportunidades de investimento. Temos o sector da economia digital, vamos ter a abertura do parque tecnológico da Praia e a sua extensão no Mindelo, que já está a criar interesse de empresas que querem vir para Cabo Verde e é um sector que está a ser abraçado pela nossa juventude. Temos o desafio de modernização da agricultura e o desafio de atrair mais empresas para exportar a partir de Cabo Verde. São esses os desafios em termos de diversificação da economia e estamos já a ter respostas muito interessantes por parte dos investidores. Mas, mais uma vez, entra aqui a parte da promoção, para podermos ir buscar os investidores que queremos, para os sectores que nos interessam.

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Em termos de mercados preferenciais para investimento e aumento de exportação. Quais serão os mais interessantes?

Cabo Verde tem a sorte de estar entre 4 continentes. Temos de promover o país e atrair investimento do continente africano, do continente americano, e isto apenas para falar de novos mercados que nos interessam, uma vez que o mercado europeu já é uma certeza, isto apesar do continente europeu ser muito vasto, com ainda muito por explorar. Penso que nos próximos anos haverá um trabalho imenso de promoção, nos Estados Unidos, no Brasil, no continente africano, onde ainda temos muito para trabalhar e onde temos muito para crescer.

Falando da procura de novos investidores, qual foi o segmento que mais investiu em Cabo Verde até agora? Investimento local? Diáspora? Investimento directo estrangeiro?

O investimento directo estrangeiro continua a dar o maior contributo, o que é uma realidade na maior parte dos países. Mas temos de realçar o esforço que o empresariado nacional está a fazer, a audácia, designadamente na área do turismo, que até há bem pouco tempo era uma área – principalmente o sector hoteleiro – quase reservada ao investimento externo, mas hoje vemos empresários nacionais a fazer um esforço para entrar no sector, o que não é fácil. A hotelaria é um sector de investimento intensivo e por isso este esforço tem de ser realçado. Os investimentos dos emigrantes têm também aumentado nos últimos anos, o que mostra confiança na economia do país.

Se tivéssemos de falar dos principais travões que ainda existem a nível regulatório, administrativo, institucional e mesmo infra-estrutural, quais seriam os principais apontados?

Não acho que tenhamos travões. Temos uma burocracia de que muitas vezes os investidores se queixam, mas penso que temos melhorado consideravelmente, mesmo ao nível da atitude das administrações. Os prazos estão a ser encurtados e penso que uma das razões do aumento do investimento contratualizado tem a ver com esse esforço conjunto das instituições para terem uma resposta mais rápida. Claro que a nível das infraestruturas ainda há algumas questões, como a conectividade entre as ilhas que tem de ser melhorada e julgo que todos em Cabo Verde estamos conscientes disso. Penso que à medida que a economia se for desenvolvendo, esses problemas serão resolvidos. Há também a questão da formação das nossas pessoas, com insuficiências, por exemplo, ao nível das línguas estrangeiras e isso tem de ser resolvido.

Todos os números disponíveis apontam para que 2022 tenha sido o ano com o maior crescimento económico de sempre em Cabo Verde. Este ano, dizem as instituições internacionais e o próprio BCV, já não será assim. Um relatório que saiu esta segunda, da PwC, diz que os CEOs estão com um sentimento negativo em relação ao crescimento da economia e aos próprios negócios. Isto é motivo de preocupação, ou apenas para estar mais atento ao que aí vem?

Preocupado não. Temos de estar sempre atentos em qualquer conjuntura e vamos continuar. Penso que estas constatações são ainda consequência dos cenários anteriores, porque nos últimos dias há notícias que nos chegam, muito mais animadoras. A economia americana está a ter um desempenho melhor que o esperado, na Europa, o inverno não foi tão rigoroso como se esperava, o que levou a que não houvesse tanto consumo de energia, as autoridades alemãs já afastam o cenário de recessão, estamos a falar da maior economia europeia. Provavelmente, se este relatório fosse feito agora, as respostas seriam mais positivas.

As perspectivas de negócios que já existem para Cabo Verde não irão sofrer alterações?

Não, não. Pelo contrário. Os negócios foram contractualizados em plena pandemia, agora que as coisas estão a melhorar não temos nenhuma razão para pensar que esses projectos não irão em frente. Temos alguma tendência para nos focarmos no que não acontece, e em Cabo Verde, como em qualquer país do mundo, há projectos que são anunciados, contratados e que depois não se realizam, mas não estamos muito fora da média [ver quadro com resumo de implentação]. O que acontece é que não olhamos para os casos de sucesso. Veja-se o Grupo Riu. É em Cabo Verde que têm mais hotéis. Em plena pandemia, foi construído o Riu Palace, em Santa Maria, a classe superior dos hotéis Riu, e é o maior Riu Palace do mundo (tem 1.000 quartos, ao contrário dos outros que possuem cerca de 500). Isto mostra confiança. Portanto, temos de ter uma atitude mais positiva. Claro que todos gostaríamos que Cabo Verde crescesse mais depressa, mas penso que de uma forma geral o país está no bom caminho.

Perspectivas para o futuro?

Apesar dos anos difíceis que o país enfrentou e de continuarmos a ser um país sensível aos choques externos, acho que as boas notícias que vêm da economia mundial são animadoras, o que nos faz pensar que conseguiremos, com sucesso, implementar, se não todos, a maioria dos projectos contratados. E agora é continuar a trabalhar, não só para manter este fluxo de captação de novos investimentos, mas também na sua implementação, para que o país possa criar riqueza, que é a única forma sustentável de debelar a pobreza.

Texto originalmente publicado na edição impressa do Expresso das Ilhas nº 1105 de 1 de Fevereiro de 2023.

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Autoria:Jorge Montezinho,5 fev 2023 6:00

Editado pormaria Fortes  em  26 out 2023 23:28

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