Sob o lema “levante-se e crie suas próprias oportunidades”, e à semelhança de anos anteriores, a feira continua a apostar na introdução dos empresários em início de actividade no mercado nacional, conforme explica Angélica Fortes, administradora da FIC.
“A FIC cumpre a sua função social de tentar identificar as necessidades nacionais em termos da introdução dos iniciantes no mundo dos negócios, com a intenção de, a prazo, os converter em agentes económicos importantes do sector privado. Esta feira constitui-se um espaço privilegiado, embora temporário, de contactos comerciais entre os empresários e os clientes potenciais. É uma possibilidade que oferece ao comerciante legalmente estabelecidos de drenarem os stocks, também incentiva as informais para que caminhem para a formalidade, onde poderão dar passos mais ambiciosos”, afirma
Este ano, segundo a organização, a feira conta com a presença de expositores de São Vicente e do concelho do Porto Novo, em Santo Antão.
Em representação da Câmara Municipal de São Vicente, Rodrigo Martins, sublinhou o papel das micro, pequenas e médias empresas no desenvolvimento económico e na criação de emprego.
“Ocupam um lugar de referência no desenvolvimento económico e social do país, criando oportunidades de negócio, gerando empregos nos mais diversos sectores de actividade e fomentando o empreendedorismo jovens. O melhoramento do ambiente de negócio e clima de investimento encontra-se na ordem do dia da agenda governamental, tanto central como local, desenvolvendo as sinergias necessárias e trabalhando de mãos dadas na promoção do empreendedorismo qualificado e criativo, com forte enfoque na formação contínua e no incentivo a formalização legal das empresas”, notou.
A cerimónia de abertura do certame foi presidida pelo ministro do Mar, Abraão Vicente, que alertou para a necessidade das empresas trabalharem a sua consolidação a nível do mercado interno, antes de se pensar na internacionalização.
“Primeiro, consolidar o mercado nacional e só depois pensar em internacionalizar. Estamos com esta falsa ideia, há décadas, que somos um mercado pequeno, quem vende para meio milhão de pessoas não é um mercado pequeno. Os nossos produtos têm que caber e têm que ser do interesse desse meio milhão de pessoas que vivem nas ilhas, mas quem vive em Cabo Verde, muitos dos produtos, são também para a diáspora. Temos vários casos de sucesso, de produtos made in Cabo Verde, ou inspirados em Cabo Verde requisitados pela diáspora”, referiu.
Da programação da IV edição da Feira de Oportunidades Pequenas e Médias Empresas consta a realização de palestras e workshops, numa parceria com a Pro-Empresa. Também estão previstas actividades culturais.