Olavo Correia fez esta declaração durante uma conferência de imprensa de balanço das reuniões anuais do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial que decorreu em Marrakech, Marrocos, de 10 a 16 deste mês.
O governante divulgou a conquista de uma terceira cadeira para a África Subsaariana no conselho do Fundo Monetário Internacional e destacou que esses avanços são fruto de debates intensivos, com destaque para a "posição comum africana" formulada durante a Assembleia do African Caucus, realizada na ilha do Sal, em Julho deste ano.
"Felizmente, na decorrência de vários debates que se vêm ocorrendo nessa matéria, mas sobretudo também na decorrência da posição comum africana da Ilha do Sal, o continente africano e, sobretudo, os países da África Subsaariana, vão ter uma terceira cadeira no bordo do Fundo Monetário Internacional", disse.
Conforme considerou, essa conquista representa um marco importante para a África Subsaariana e será crucial para permitir que a região participe de forma mais activa nos órgãos executivos das instituições financeiras internacionais.
Também foi discutida a necessidade de um maior financiamento concessional para os países africanos, especialmente para pequenos estados insulares como Cabo Verde.
Nesse sentido, o ministro observou que a região enfrenta vários desafios, incluindo a crise climática, a pandemia da COVID-19, a crise inflacionista e a pobreza, e que é essencial abordar esses problemas de forma holística.
Correia mencionou também a importância de uma nova arquitectura para a dívida pública dos Pequenos Estados e Pequenos Estados Insulares, reconhecendo que a dívida soberana é um desafio significativo para essas nações.
Na mesma ocasião, ministro anunciou que Cabo Verde assumiu a presidência do Fórum dos Pequenos Estados, uma oportunidade para discutir questões críticas, como a transição energética, a economia circular e a gestão da acção climática.
“Cabo Verde vai preparar uma agenda para os próximos dois anos, com roteiro, com metas a serem atingidas, com resultados a serem conseguidos, com eventos a serem realizados em Cabo Verde. Eu próprio, na qualidade de Presidente do Fórum dos Pequenos Estados, farei tudo o que estiver ao meu alcance, com uma vasta equipa, do meu Ministério, mas também de todo o Governo e de todo o país, para podermos estar à altura das responsabilidades que nos foram confiadas e assumimo-las com muito orgulho”, assegurou.