"É uma situação que nos preocupa e que iremos, enfim, analisar isso com alguma profundidade, porque os chamados sectores com mais dificuldade de desenvolvimento devem beneficiar realmente de uma atenção especial do Governo", afirmou o presidente, em declarações à imprensa.
Marcos Rodrigues destacou a importância de não aplicar políticas genéricas a sectores que são considerados críticos e enfrentam desafios significativos no seu processo de produção de riqueza.
Ainda enfatizou que as pescas e a agricultura são dois sectores especialmente vulneráveis que merecem atenção especial do Governo.
"Não podemos ver as coisas de uma forma generalizada e produzirmos políticas genéricas para sectores que são críticos e que são ineficientes no seu processo de produção de riqueza", acrescentou.
O presidente da Câmara de Comércio de Sotavento ressaltou que a aplicação do IVA de 15% sobre o gelo afectará diretamente as atividades relacionadas à pesca, prejudicando os pescadores e as comunidades que dependem dessa indústria e garantiu que pretende buscar diálogo com o Governo para discutir alternativas e mitigar o impacto do aumento de preço do gelo sobre os sectores críticos.
Na segunda-feira, Presidente da Associação dos Armadores do cais de Pesca da Praia, Samora Barros, avançou à Inforpress que o gelo para a conservação do pescado vai, a partir de 01 de Dezembro, ficar mais caro devido à aplicação do Imposto sobre Valor Acrescentado (IVA) de 15% no preço actual.
Samora Barros explicou que a medida sempre existiu, mas que não era aplicada. Contudo, indicou que recentemente o Ministério das Finanças emitiu uma circular obrigando a cobrança do IVA no gelo, o que vai acabar por encarecer o produto.
Conforme a mesma fonte, actualmente, os custos associados ao gelo exibem variações conforme a localidade. Por exemplo, na Praia, o preço estabelecido é de 18 escudos, enquanto em Santa Cruz é de 16 escudos e em São Vicente é de 20 escudos.