A informação foi avançada esta terça-feira pelo ministro das Finanças, Olavo Correia, durante a conferência de imprensa de balanço da missão do Grupo de Apoio Orçamental (GAO), que no seu comunicado final encorajou o executivo a ultimar o processo a criação desse Fundo Climático e Ambiental.
No seu comunicado o GAO reconheceu os avanços multidimensionais registados na área de acção climática, considerados essenciais para um desenvolvimento sustentável e resiliente e destacou a definição em curso de indicadores orçamentais climáticos e a estratégia de mobilização de recursos climáticos bem como o compromisso em estabelecer uma estrutura de governança intersectorial e inclusiva.
Conforme o GAO, é fundamental viabilizar a condenação nacional, aumentar a transparência na implementação das acçoes climáticas e estruturar os instrumentos para aplicação dos recursos climáticos tais como o Fundo Climático e Ambiental.
Ao ser abordado sobre o assunto o vice-primeiro ministro e ministro das Finanças, Olavo Correia, disse que o Governo já tem a proposta já preparada, pelo que acredita que já no início do próximo ano o país pode estar em condições de capitalizar o fundo.
“Nós já temos uma proposta já preparada. Contamos com o apoio do Banco Mundial no que traz assessoria técnica para definição deste Fundo Climático Ambiental. Nos próximos dias estaremos a discutir com os parceiros a versão final deste Fundo e estaremos ainda este ano, se a agenda permitir, espero que permita, estaremos a aprovar em Conselho de Ministros”, disse.
“A proposta deve ser submetida ao Parlamento para que seja aprovada e no início do ano estaremos em condições de avançar a todo o vapor com a implementação em relação à capitalização deste fundo, sobretudo, a iniciar a utilização do mesmo para executarmos a nossa agenda que tem a ver com a ação climática, a transição energética, economia circular e depois também o tema dos acessos”, explicou.
Em Junho deste ano Cabo Verde e Portugal assinaram, em Lisboa, um acordo para converter dívida em investimento no Fundo Climático e Ambiental.
Com este acordo, Portugal compromete-se a converter 12 milhões de euros da dívida que Cabo Verde tem para apoiar o financiamento e investir na transição climática no país, até 2025.