Os resultados divulgados pelo o INE relativos ao Índice de Preços do Comércio Externo para Julho de 2024 indicam uma diminuição nos preços das importações, registando uma variação mensal de -0,6%, um valor superior em 0,3 pontos percentuais (p.p.) face ao mês anterior. Esta redução é influenciada principalmente pela queda nos preços dos "Bens de Consumo", que desceram 3,4%, devido à diminuição de 1,7% nos "Produtos alimentares primários" e de 2,8% nos "Produtos alimentares transformados".
Por outro lado, a categoria dos "Bens Intermédios" registou um aumento de 0,8%, impulsionado pela subida dos preços dos "Produtos transformados para a construção" (5,4%) e "Outros produtos transformados" (4,8%). No entanto, esse aumento foi atenuado pela queda significativa de 23,4% nos preços das "Partes para máquinas". Na categoria de "Bens de Capital", houve uma redução de 1,5%, resultado de uma queda de 2,9% nos preços das "máquinas". A única categoria a apresentar uma subida foi a dos "Combustíveis", que aumentou 1,1%.
Em relação às exportações, o INE apontou que o índice de preços situou-se em 134,7 pontos, reflectindo uma ligeira queda de 0,1% face ao mês anterior. A taxa de variação homóloga foi de 17,7%, destacando-se o aumento dos preços comparativamente ao mesmo período do ano anterior.
O índice subjacente para as exportações registou uma diminuição de 0,6%, enquanto o índice volátil aumentou 1,4%, ambos em relação ao mês anterior. Comparando com Julho de 2023, o índice subjacente teve um acréscimo de 21,5%, e o volátil aumentou 7,0%.
Segundo o INE, o Índice de Termos de Troca (ITT), que mede a relação entre os preços das exportações e das importações, situou-se em 96,6, evidenciando um aumento de 0,4% em comparação ao mês anterior. A variação homóloga do ITT foi de 16,4%, indicando uma melhoria nas condições de troca para o país durante o período analisado.
Os resultados do INE revelaram que as importações por principais secções do Sistema Harmonizado (SH) mostraram variações significativas. As maiores subidas de preços foram verificadas nas secções de "Produtos minerais" (1,4%), "Madeiras, carvão vegetal e obras de madeira, cortiça e suas obras" (2,9%), e "Metais comuns e suas obras" (10,6%). Estas subidas ajudaram a atenuar a evolução negativa do Índice Global da importação.
No entanto, dos resultados do INE, também se observaram diminuições de preços nas secções de "Produtos das indústrias alimentares, bebidas, líquidos alcoólicos e vinagres, tabaco e seus sucedâneos manufacturados" (-4,5%), "Máquinas e aparelhos, material eléctrico e suas partes" (-7,0%), e "Material de transporte" (-4,8%).