Rubem Teixeira falava à imprensa na tarde desta terça-feira, em frente da sede da TICV, onde cerca de 22 funcionários da companhia se juntaram para expor a situação.
“Já passaram alguns meses da assinatura e não houve nenhum pagamento, nem contacto da empresa, nem contacto do ministro. Estamos com um sentimento de abandono de todas as formas, já tentámos fazer o que é possível em encontros, contactos, o nosso advogado já tentou contactar o Governo, mas nada. Hoje é o fim dos nossos esforços, estamos aqui para tentar mostrar o nosso descontentamento, a humilhação que sentimos ao ser abandonados pelo nosso Governo e pela empresa.”, afirmou.
Os trabalhadores reclamam o pagamento de dois meses de salário em atraso e indemnização a que tem direito.
Rubem Teixeira afirma que caso as reivindicações não sejam atendidas, os trabalhadores adoptarão outras formas de luta.
“Sempre agimos de boa fé, mas agora vamos para outras formas de luta, manifestações, entrevistas, publicações internacionais, porque temos pessoas que estão lesadas, famílias, chefes de famílias que estão cá, descontentes, com compromisso no banco, família, alimentação. Tudo está em causa neste caso”, avançou.
É de recordar que em meados de Junho o governo anunciou que os trabalhadores da TICV seriam integrados na nova companhia pública, que passaria a operar no país, a nível dos voos domésticos. Até agora, isso não aconteceu.
Em Abril, a BestFly Cabo Verde, marca comercial da TICV, anunciou a suspensão da operação em Cabo Verde, com críticas à Agência de Aviação Civil e depois de meses de dificuldades em assegurar a normalidade das ligações aéreas domésticas.