Anúncio feito durante uma conferência de imprensa realizada na ilha do Sal.
“Vai chegar hoje ainda uma aeronave ATR 72-500 e que vai iniciar amanhã a operação em todas as ilhas. Designadamente essas ilhas que foram mais sacrificadas porque não temos aviões disponíveis para dar a cobertura. Portanto, vão passar a operar para São Nicolau, para Maio e para Fogo”, disse o governante.
José Luís Sá Nogueira adiantou ainda que o Governo está a concluir o contrato com a companhia Royal Marrocos, o que poderá permitir a chegada de mais uma aeronave já a 15 de Setembro.
“Se tudo estiver em conformidade, poderemos receber esse avião no dia 15. O que significa que nós passaremos a ter duas aeronaves a substituir as duas que estão aqui e vamos, de facto, melhorar substancialmente a operação inter-ilha”, afirmou.
De acordo com o ministroo, até 21 de Setembro o país deverá contar com quatro aeronaves para assegurar a cobertura dos voos internos.
“A partir do dia 21, Cabo Verde terá quatro aeronaves a dar cobertura aos voos inter-ilhas, as duas novas ATRs que chegarão no dia 21 e mais duas de terceiros”.
O governante explicou que a primeira aeronave, propriedade das Linhas Aéreas de Cabo Verde e já em território nacional desde 5 de Setembro, encontra-se em processo de certificação.
“É um avião registado em Cabo Verde, cuja certificação está a decorrer, que envolve a demonstração de voo e demonstração de emergência que acontecerá na próxima semana. Uma vez finalizada essa demonstração, a aeronave já estará pronta para iniciar a sua operação comercial”, garantiu.
José Luís Sá Nogueira reforçou que eventuais alterações nas datas previstas estão ligadas apenas a questões de segurança.
“Repito, na aviação civil há nuances que surgem e às vezes há alterações, mas todas essas alterações têm a ver com segurança operacional. Às vezes adiantamos com datas, com previsão, e nem sempre acontece, mas isso deve-se meramente à questão da segurança”, sublinhou.
O ministro reconheceu que o Executivo não está satisfeito com a situação actual da frota, mas lembrou que o Governo trabalhou com as opções possíveis. “Máquinas são máquinas. Nós não trouxemos essas máquinas porque queríamos, eram as que estavam disponíveis no mercado. Serviram durante muito tempo, mas com a forte pressão que há com a mudança na rede de conectividade houve um incremento enorme da procura e, obviamente, uma pressão muito forte sobre essas máquinas”, concluiu.