Luanda, Lagos e Washington D.C. são os primeiros destinos para onde a Cabo Verde Airlines vai começar a operar, mas o objectivo é alargar as operações para outros destinos na américa do Norte e do Sul, para a África Ocidental e também para a Europa, garante Jens Bjarnason, CEO e Presidente da Cabo Verde Airlines. Mas o negócio da empresa, para crescer, precisa, também, de ser alimentado pelo mercado interno e as negociações com a Binter Cabo Verde já estão a decorrer com o objectivo de harmonizar os horários. “Esperamos que a Binter se junte a nós para fazer essas mudanças. Se isso não acontecer teremos de procurar outras opções”, diz o novo responsável máximo da Cabo Verde Airlines.
Neste número há igualmente duas reportagens em destaque.
Uma é sobre o síndrome de Down. Não é doença, é uma diferença. Uma alteração genética causada por apenas um cromossoma a mais, que muda muita coisa. Mas diferentes somos todos, realçam as associações que trabalham com pessoas com síndrome de Down. Uma diferença muitas vezes mal entendida, que leva ainda ao preconceito e exclusão e para a qual urge formação, sensibilização e respostas integradas e sistematizadas. Urge um olhar menos indiferente e ignorante para com estas pessoas tendencialmente “meigas”, “afectuosas”, “divertidas”, entre outras características apontadas por quem com elas lida.
A outra sobre o Dia Internacional da Árvore e da Floresta. As árvores são os pulmões do mundo. A frase é um dos slogans muito repetidos a cada Dia Mundial da Árvore e da Floresta, que reparte a data de 21 de Março com outras efemérides. Em tempos de alertas sobre as alterações climáticas e suas consequências e com as emissões de carbono a atingirem records, volta a ser importante falar sobre a necessidade de plantar e manter vivas as árvores e as florestas. Há também cada vez mais especialistas a apontarem a necessidade das cidades fazerem crescer a sua mancha verde, não apenas pelos benefícios que esta traz a nível da sustentabilidade ambiental mas também para o bem-estar quotidiano das suas populações.
O Expresso das Ilhas viajou até Marrocos para acompanhar a Cimeira de Ministros das Finanças. Uma iniciativa da Comissão Económica para África (ECA). Com duas agendas ambiciosas pela frente, a 2030 e a 2063, África confronta-se agora com o problema de as conseguir financiar. Os montantes envolvidos são estratosféricos e o dinheiro deve ser conseguido dentro do continente. Melhorar a eficiência das máquinas fiscais é um dos caminhos e a digitalização pode dar um importante contributo. Mas mais impostos não deve significar maiores impostos. Implicará antes mais investimento africano, um combate à informalidade, uma guerra à fuga e fraude fiscal, entre outras estratégias, onde a zona de comércio livre jogará uma cartada importante. Estes são os temas em cima da mesa da 52ª sessão da Conferência de Ministros das Finanças, Planeamento e Desenvolvimento Económico (COM2019, a sigla em inglês), que começa esta quarta-feira em Marraquexe, Marrocos, com o tema “Política fiscal, comércio e sector privado na era digital: uma estratégia para África”.
Também em destaque neste número do Expresso das Ilhas está a entrevista com Marco Cruz, o novo presidente da ADECO. Depois de 14 anos de liderança, António Pedro Silva deixou no início do ano a presidência da Associação para a Defesa do Consumidor (ADECO). Marco António Cruz é o senhor que se segue. Na sua primeira grande entrevista, o novo presidente estabelece as prioridades do mandato, que passam pelo reforço institucional e a melhoria do quadro regulatório. A ADECO quer ser ouvida nos processos de privatização.
A extinção do Trust Fund continua a ser acompanhada nesta edição. Solução estrutural para garantir às empresas acesso a financiamento para os seus investimentos, e desse modo driblar o crescimento anémico do PIB. É assim, resumidamente, que o governo introduz a proposta de lei para criação do Fundo Soberano de Garantia do Investimento Privado que devia ter subido à plenária na Sessão Parlamentar da semana passada mas foi, entretanto retirada. O documento, a que o Expresso das Ilhas teve acesso, aponta a iniciativa como “decisiva para assegurar a auto-sustentação do crescimento económico”.
Destaque ainda para a cultura e para o surgimento de mais uma editora no cenário nacional. A primeira obra com o selo da novel editora, a Edições Mudjer, “Diversidade, Interculturalidade e Inclusão: Desafios à Educação Básica em Cabo Verde”, da autoria de Gertrudes Oliveira, será lançada no dia 27 de Março, na Biblioteca Nacional, na Cidade da Praia.