Há pouco mais de dois meses como titular da pasta da Cultura, na sua primeira grande entrevista ao Expresso das Ilhas, Augusto Veiga expõe as suas prioridades para o sector cujas palavras-chave são a formalização e o financiamento do sector. O ministro sublinha que vai dar especial atenção à inclusão na cultura e anunciou a construção de um novo edifício para o Arquivo Histórico e de um Data Center para efectivar a transição digital com vista a digitalizar todo o acervo do Arquivo Histórico. Pelo tempo que tem pela frente, Augusto Veiga diz sentir-se um pouco pressionado, “mas nós vamos responder com trabalho, com assertividade e tentar fazer a diferença para haver uma melhoria e uma sustentabilidade a nível do sector, mas, sobretudo, também trazer um bocadinho mais de dignidade e respeito pela classe da Cultura e das Indústrias Criativas”.
Também em destaque estão as redes sociais e a sua influência nos processos eleitorais.
Victor Shale perito da Comissão Eleitoral da África do Sul esteve na Praia onde abordou o tema do impacto das redes sociais nas eleições. Em conversa com o Expresso das Ilhas, Victor Shale lembra as dificuldades que a maioria dos países africanos sente em cada período eleitoral e defende que a internet e, especialmente, as redes sociais vieram trazer benefícios tanto à organização de eleições como à divulgação dos resultados.
Na economia damos destaque ao mais recente Outlook do Fundo Monetário Internacional.
Para Cabo Verde, as previsões do FMI são mais baixas do que as do governo. A nível global, as melhorias esperadas para os Estados Unidos compensam as descidas das outras economias avançadas, em particular, os maiores países europeus.
As pescas também merecem, esta semana, destaque de primeira página.
Desde 2015, o investigador e antropólogo brasileiro, João Paulo Silva, estuda as comunidades piscatórias cabo-verdianas e as práticas de pesca tradicional no arquipélago. Formado pela Universidade Federal de Minas Gerais, dedica a sua pesquisa de doutoramento às origens históricas de “padrões de subalternidade” que definem a relação dos colectivos de pesca com as instituições estatais responsáveis pela gestão da actividade.
Na capa desta semana abordamos igualmente o tema das discrepâncias e falta de preços nas prateleiras e lojas de supermercados.
A ausência de preços visíveis nas prateleiras de diversos estabelecimentos comerciais e a cobrança de valores diferentes na caixa têm gerado insatisfação entre os consumidores. As reclamações, que incluem acusações de falta de transparência e desrespeito aos direitos do consumidor, têm-se tornado cada vez mais frequentes e são acompanhadas pela Associação para a Defesa do Consumidor (ADECO).
A ler igualmente, o artigo de opinião ‘Viagem pelo Tradicional’ de João Carlos Silva e ‘Tibau – Luz do Sol de uma ilha que reflete mundo fora’ escrito por Paulo Lobo Linhares.