Snowden vai participar por videoconferência, uma vez que se encontra asilado na Rússia, para onde fugiu depois de ter revelado informação confidencial e ser procurado pela justiça norte-americana.
Segundo a organização, Snowden vai responder a questões sobre o seu trabalho para a NSA, como ajudou a construir um sistema de vigilância que reuniu milhões de dados de cidadãos americanos e porque decidiu expor publicamente aquilo que considerou práticas ilegais da NSA.
Além de Snowden, o co-fundador e presidente executivo da Web Summit, Paddy Cosgrave, já tinha anunciado outros oradores “como o CEO [presidente executivo] do Tinder, o ‘chairman’ [presidente do Conselho de Administração] da Huawei, o CEO da Wikimedia, dois comissários europeus e muitos outros”.
“Esperamos 70 mil participantes, incluindo 1.800 ‘startup’, 1.500 investidores e dois mil membros de ‘media’”, afirmou à agência Lusa Paddy Cosgrave.
Além de assumir que a organização está “muito entusiasmada para ver algumas das iniciativas, como as mulheres na tecnologia e o ‘planet:tech’”, Paddy Cosgrave revelou que a edição de 2019 está também focada nas alterações climáticas.
“Estamos a caminhar na direcção de um evento livre da utilização de plástico e muito do conteúdo que vamos ter no ‘planet:tech’ assenta no papel que a tecnologia pode assumir no combate às alterações climáticas. E isso acaba por realçar o trabalho que a Web Summit pode fazer, ao criar uma rede de conexões ambientais que podem traduzir-se em projectos pós evento”, defendeu.
Devido ao acordo firmado em 2018, entre o Governo, a Câmara Municipal de Lisboa e Paddy Cosgrave, a Web Summit vai permanecer na capital portuguesa durante 10 anos.
“Temos um escritório em Lisboa, onde trabalham 12 pessoas, e estamos a planear expandir a nossa presença em Portugal. Estamos neste momento a contratar para várias áreas, desde desenvolvimento de ‘software’ até organização de eventos”, acrescentou o co-fundador da Web Summit.