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De forma resumida: é super contagioso, quem o apanha fica a sentir-se terrivelmente mal e os mais recentes dados indicam um aumento da sua propagação. O norovírus, também conhecido como “doença de vómito de inverno“, tem sido identificado com frequência ao longo das duas últimas semanas nos Estados Unidos e no Reino Unido. Mas no que é que consiste exatamente, questiona o site zap.aeiou.pt.
Os norovírus são um grupo de vírus de ARN de cadeia única, não agrupados. Actualmente existem 48 genótipos conhecidos de norovírus, os quais estão divididos em 10 grandes grupos. No entanto, o que causa a doença com mais frequência é o genótipo GII.4.
Embora seja possível desenvolver alguma imunidade após a infecção, esta pode não proteger em relação aos outros tipos do vírus, também não sendo possível apurar quanto tempo dura a imunidade. Devido a isto, e existirem tantos tipos diferentes do vírus em circulação, pode ainda dar-se o caso de múltiplas infecções. De facto, em média, cada pessoa pode contrair a doença cinco vezes durante a sua vida.
Não há vacina para o norovírus, mas há estudos a serem desenvolvidos, sobretudo depois de a Organização Mundial de Saúde ter considerado a doença como sendo de prioridade alta, lembra o site IFL Science.
Quais são os sintomas do norovírus?
O norovírus causa essencialmente uma gastroenterite aguda. Os sintomas mais comuns são a diarreia e o vómito, que podem ser graves. Algumas pessoas tendem também apresentar outros sintomas, como febre ou dor de cabeça.
Os sintomas normalmente têm início 12-48 horas após a exposição e duram normalmente apenas entre um e três dias. No entanto, durante esse período, os indivíduos infectados tendem a sentir-se francamente mal.
Para a maioria das pessoas, não existem riscos graves de complicações por norovírus. No entanto, é importante estar atento à desidratação, particularmente em crianças e idosos. É importante beber muitos líquidos enquanto a doença percorre o seu curso natural.
Como se previne?
O norovírus é extremamente infeccioso – já que apenas algumas partículas virais são suficientes para transmitir a doença. É possível apanhá-lo através do contacto próximo com alguém que esteja infectado, assim como a partir do contacto com superfícies e alimentos contaminados.
Texto originalmente publicado na edição impressa do Expresso das Ilhas nº 1109 de 1 de Março de 2023.
