21 de fevereiro é o Dia Internacional da Língua Materna. Esta efeméride foi proclamada pela UNESCO em 1999 e reconhecida formalmente pela Assembleia Geral das Nações Unidas.
A comemoração do Dia Internacional da Língua Materna tem como fim a protecção de todas as línguas faladas no Mundo, dignificando tradições culturais e celebrando a diversidade linguística.
Segundo estimativas da UNESCO metade das quase seis mil línguas faladas no mundo estão em risco de desaparecer o que empobreceria enormemente a Humanidade.
A língua materna cabo-verdiana é o crioulo de Cabo Verde, falado de Santo Antão a Brava com algumas variações de ilha para ilha. Por exemplo, a palavra em língua portuguesa falar:
Papiâ – em Fogo/Brava
Pâpia - em Santiago
Papiâ – em São Nicolau/Boa Vista/ Sal
Falá – em São Vicente/Santo Antão
O Decreto-Lei n.º 67/98 de 31 de Dezembro de 1998 aprova, a titulo experimental, o Alfabeto Unificado para a Escrita da Língua Cabo-verdiana (o Crioulo), designado ALUPEC, Com este alfabeto pode-se escrever em qualquer variante o crioulo de Cabo Verde.
E para celebrar este Dia Internacional da Língua Materna, de entre vários já existentes (principalmente de poesia), deixamos cinco sugestões de livros escritos em crioulo de Cabo Verde:
"Prispinhu", de Nicolas Quint. Adaptação para crioulo de Cabo Verde (variante de Santiago) do clássico de literatura infanto-juvenil escrito por Saint Exupéry.
Chave de Cadáver, de Martinho de Melo Andrade. Contos escritos em crioulo de São Nicolau.
“Ri é bom pa saúde”, de Olavo Cabral. Compilação de mais de 200 anedotas em crioulo de Santiago.
"Mornas", de Eugénio Tavares. Um dos primeiros livros em crioulo de Cabo Verde, nesse caso variante da Brava.
Sukutam, de Eneida Nelly. Livro único da jovem poetisa tarrafalense, versos em crioulo de Santiago.