128 votos a favor, nove contra e 35 abstenções. Foi este o balanço total da resolução levada esta quinta-feira à Assembleia Geral da ONU, com vista à rejeição ao reconhecimento de Donald Trump de Jerusalém como capital de Israel.
Assim, e apesar ameaças do Presidente norte-americano, de que cortaria a ajuda a quem votasse contra os EUA, uma esmagadora maioria dos Estados-membros votou no sentido de considera nulo e sem efeito esse reconhecimento.
Os países que apoiaram a declaração de Trum p – e votaram contra a resolução da ONU – são: Guatemala, Honduras, Israel, Ilhas Marshall, Micronesia, Nauru, Palau, Togo e, claro, EUA.
Entretanto, de entre os 35 países que se abstiveram, nesta sessão especial de emergência, estão os africanos: Benin, Guiné Equatorial, Camarões, Lesoto, Ruanda, Uganda e Sudão do Sul.
Na resolução, as Nações Unidas salientam que o estatuto final da cidade sagrada é um assunto que deve “ser resolvido através de negociações que estejam de acordo com as resoluções relevantes da ONU”.
A resolução foi apresentada pela Turquia e pelo Iémen e essencialmente reafirmava as resoluções do Conselho de Segurança, aprovadas desde 1967, sobre Jerusalém, nas quais se defende que o estatuto da cidade deve ser decidido em negociações entre israelitas e palestinianos.
De referir porém que, ao contrário do que acontece no Conselho de Segurança, as resoluções da Assembleia Geral não são vinculativas.
A votação de ontem foi accionada depois de no passado dia 6 de Dezembro, Trump ter declarado que Jerusalém é a capital de Israel e passaria a sediar a embaixada dos EUA, actualmente localizada em Telavive. A decisão contou desde o início com forte objecção dos líderes de vários Estados um pouco por todo o mundo, que acreditam que irá comprometer o processo de paz Israelo-palestiniano.