"Proteccionismo obriga a mais comércio entre África e hemisfério Sul"

PorExpresso das Ilhas, Lusa,12 out 2018 12:13

Benedi​ct Oramah
Benedi​ct Oramah

O presidente do Banco Africano de Exportações e Importações (Afreximbank) defendeu hoje um aumento das trocas comerciais entre África e os países do hemisfério como forma de combater a incerteza política existente no comércio internacional.

“O aumento do sentimento anti-globalização e o recuo do multilateralismo por alguns dos grandes poderes mundiais colocam África na periferia, com apenas 3% do comércio internacional global”, disse

 Oramah durante uma intervenção num painel sobre ‘A crescente importância da cooperação Sul-Sul no contexto de tensões comerciais volatilidade nos mercados financeiros internacionais’.

Na sessão, inserida nos Encontros Anuais do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial, que decorrem em Bali, na Indonésia, Oramah defendeu, segundo um comunicado enviado à Lusa, que “muitas economias do hemisfério Sul estão na mesma situação, mas com a maior e a mais jovem população e a classe média com maior crescimento, as economias do Sul têm todos os ingredientes para potenciar o crescimento económico”.

O presidente do Afreximbank disse que o Banco está a construir parcerias e a desenvolver quadros regulamentares para atrair investimentos dos países do hemisfério Sul para África.

“O comércio entre África e o Sul chegou a 56% das trocas comerciais do continente, quando no princípio dos anos 1990 era de apenas 16%”, disse o banqueiro, notando que há espaço para crescer ainda mais, principalmente tendo em conta o acordo sobre a criação da Zona Económica de Livre Comércio (ZLEC).

O Afreximbank é um banco de apoio ao comércio, exportações e importações em África e foi criado em Abuja, em 1993. Tem um capital de mais de 10 mil milhões de dólares.

Os accionistas são entidades públicas e privadas divididas em quatro classes e dele fazem parte governos africanos, bancos centrais, instituições regionais e sub-regionais, investidores privados, instituições financeiras, agências de crédito às exportações e investidores privados, além de instituições financeiras não africanas e de investidores em nome individual.

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Autoria:Expresso das Ilhas, Lusa,12 out 2018 12:13

Editado pormaria Fortes  em  3 jul 2019 23:22

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