“É preciso derrubar os muros entre nós, o movimento livre de pessoas, e especialmente a mobilidade laboral, são cruciais para promover os investimentos”, disse Akinwumi Adesina durante o discurso de abertura oficial dos Encontros Anuais do BAD, que decorrem até sexta-feira em Malabo, a capital da Guiné Equatorial.
O tema do encontro deste ano, a integração regional, ocupou grande parte do discurso do presidente, que apresentou o BAD como “o banco de África” e reforçou a necessidade de aumentar o capital social desta instituição para fazer face aos desafios de financiamento que o continente enfrenta.
“Estou absolutamente confiante que os accionistas irão pôr o interesse dos africanos primeiro e dar ao banco dos africanos o financiamento necessário para atingirmos os objectivos do desenvolvimento”, disse Adesina, acrescentando que “os grandes resultados requerem grandes ambições, por isso o banco de África não deve pensar pequeno, e os accionistas também não devem pensar pequeno”.
Na intervenção, o banqueiro passou em revista as principais actividades do banco nos últimos 12 meses, salientando o investimento de “mais de mil milhões de dólares que serviram para apoiar 111 transacções em 43 países, e que resultaram num aumento de 7 mil milhões de dólares em negócios intrarregionais feitos”, os mil milhões canalizados para o Banco Africano de Exportações e Importações (Afreximbank) e os 630 milhões direccionados para linhas de crédito para potenciar o desenvolvimento económico.