Numa nota a que a agência Lusa teve hoje acesso, as autoridades sanitárias angolanas apelam também aos cidadãos que comuniquem às autoridades veterinárias sobre qualquer comportamento anormal que se venha a notar em animais.
De acordo com o documento, "a melhor forma de prevenir o mal causado pela raiva é evitar ser mordido por um animal infetado".
A raiva é considerada um problema de saúde pública em Angola, afetando várias províncias do país, e devido ao facto de ser uma doença 100% mortal, que põe em risco a vida de muitas pessoas, especialmente crianças expostas à agressão de animais raivosos, particularmente cães, razão pela qual as autoridades pedem a colaboração da sociedade civil no seu combate e prevenção.
Para o combate e prevenção a este mal, "que a todos aflige", são convocados, além das autoridades locais, os líderes comunitários e religiosos e a população em geral, "para dar destino adequado aos animais vadios ou aparentemente sem donos e a sensibilizarem os criadores de animais de estimação, potenciais vetores da raiva, para que cumpram efetivamente com as suas obrigações".
Segundo as autoridades sanitárias, em caso de mordedura, as pessoas devem lavar abundantemente o ferimento com água e sabão e aplicar álcool, iodo, mercúrio ou outro desinfetante.
"Não deve suturar ou tapar o ferimento e logo após os primeiros procedimentos, acorra imediatamente à unidade sanitária mais próxima", apelam ainda.
Em declarações à agência Lusa, em outubro passado, o chefe de departamento de Higiene e Vigilância Epidemiológica da Direção Nacional de Saúde Pública, Eusébio Manuel, disse que a raiva continua a ser um problema que preocupa o Ministério da Saúde.
Segundo o responsável, as províncias com maior incidência da doença são Luanda, Huambo, Bié, Benguela, Uíge e Cuanza Sul.
Angola debate-se há vários anos com este problema, uma infeção viral mortal para seres humanos, transmitida através da mordida de animais infetados.