"As elevadas taxas de desnutrição crónica em crianças do país prevalecem e essa é uma situação que pretendemos reverter", afirmou a porta-voz do Conselho de Ministros de Moçambique, Ana Comoana, falando em conferência de imprensa no final da sessão do Conselho de Ministros, a última deste ano.
Ana Comoana afirmou que o executivo pretende empenhar-se na promoção de consumo de produtos com nutrientes e na aposta no agro-processamento.
A seca e a falta de educação alimentar, prosseguiu, são responsáveis pelas elevadas taxas de desnutrição crónica no país.
A porta-voz do Conselho de Ministros disse que as províncias do centro e norte são as que apresentam elevadas taxas de desnutrição crónica, com níveis entre 44% e 52%.
Um estudo do Programa Alimentar Mundial (PAM) lançado em Junho indica que 26% dos casos de mortalidade infantil em Moçambique estão associados à desnutrição.
O estudo, intitulado "Custo da fome em África", refere ainda que 42,7% das crianças em Moçambique têm baixo crescimento e apenas 45,2% com desnutrição recebem cuidados de saúde adequados.
"A maioria dos problemas de saúde associados à desnutrição ocorre antes que a criança atinja três anos de idade", lê-se no estudo.