“Isso parece ser ideia muito interessante, excelente, e que é perfeitamente concretizável, porque já outras organizações de base linguística conseguiram” obter essa certificação disse Augusto Santos Silva, em entrevista à agência Lusa.
Em declarações recentes à Lusa, Francisco Ribeiro Telles, que assume as funções de secretário executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) a 01 de Janeiro, explicou que a certificação irá permitir à organização acesso a “parcerias com organizações mais regionais”, como a União Europeia e ou o Banco Africano de Desenvolvimento, procurando apresentar candidaturas a fundos de cooperação internacionais.
“A certificação da CPLP como entidade que pode realizar cooperação sendo por isso candidatável a fundos europeus ou nacionais para esse efeito” é “uma boa ideia”, afirmou Santos Silva, que admitiu alguns problemas no financiamento corrente da organização, também pela dimensão diferente de cada um dos países-membros.
“Nós temos na CPLP uma das grandes economias do mundo, o Brasil, mas também temos Estados muito pequenos e ainda numa fase de desenvolvimento relativamente demorado”, pelo que é positivo que “a CPLP seja pouco exigente do ponto de vista das obrigações financeiras dos Estados”, salientou.