“Compartilhamos valores como os direitos humanos e a democracia, e ao mesmo tempo o Japão tem relações extensas com cada membro da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, e através desta associação internacional queremos fomentar essa relação muito intensa com cada país lusófono”, disse a chefe adjunta da missão da embaixada do Japão em Portugal.
Em declarações à Lusa, Chiho Komura vincou que o Japão “pediu para ser observador associado” da CPLP também para “fomentar o relacionamento económico e trabalhar para a cooperação e o desenvolvimento” e lembrou que é também com estes objectivos que o gigante asiático realiza de três em três anos uma Conferência Internacional sobre o Desenvolvimento Africano (TICAD – Tokyo International Conference of African Development).
O Japão, concluiu a responsável, “também tem muito interesse em promover a língua portuguesa no Japão” e destacou que ela própria estudou numa universidade “onde a língua portuguesa é ensinada há mais de 100 anos”.
No ano passado, o Japão investiu em África cerca de mil milhões de euros, tendo em Moçambique o segundo maior destino de investimento e ajuda oficial ao desenvolvimento, no valor de 128 milhões de euros, principalmente concentrado no Corredor de Nacala, um fluxo financeiro que só fica atrás dos valores investidos no Quénia.