O dirigente do MADEM-G15, que esteve em Cabo Verde para contactar com a comunidade guineense, no quadro das eleições legislativas marcadas para 10 de Março, descartou a possibilidade de qualquer coligação com o Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) e acusa o seu líder, Domingos Simões Pereira, de ter contribuído para o surgimento do Movimento para a Alternância Democrática, grupo de dissidentes da força política fundada por Amílcar Cabral.
“Para mim, o PAIGC que existe hoje é um PAIGC fantoche”, afirmou Cândido Camará, acrescentando que só reconhece o “PAIGC de Vasco Cabral, Amílcar Cabral, Pedro Pires, Aristides Pereira, Luís Cabral e sem contar com outros camaradas que participaram (na luta de libertação nacional)”.
O candidato acusa a direcção liderada por Domingos Simões Pereira de “não adoptar a ideologia de Amílcar Cabral, que é o diálogo, e, por isso, este não é o PAIGC de que foi membro.
Para o círculo eleitoral da África, assim como para o da Europa, os 21 partidos concorrentes às eleições de 10 de Março vão disputar apenas dois deputados.
“Vim cá para dar esta entrevista e dizer ao meu país que a África é vasta e não podemos ter um único deputado. Pelo menos três deputados pela África e três pela Europa”, observou Cândido Camará, lamentando que os guineenses residentes nas Américas não possam contar com representantes deles no Parlamento da Guiné-Bissau.
Depois de Cabo Verde, a Guiné Conacri, Mauritânia e Gâmbia são os próximos destinos do candidato do MADEM, que reside actualmente no Senegal.
A campanha para as eleições legislativas na Guiné-Bissau iniciaram-se no passado sábado, 16.