Numa mensagem enviada aos Estados Unidos da América e aos países aliados deste na América Latina, Nicolás Maduro sublinhou que na Venezuela predomina a “autodeterminação” do povo.
“O império e os seus lacaios devem entender que na Venezuela reina a autodeterminação do nosso povo”, escreveu na sua conta do Twitter o chefe de Estado venezuelano.
Na mensagem, Nicolás Maduro acrescentou: “Os problemas os resolveremos em união nacional, com o governo bolivariano que eu presido. Juntos Pela Venezuela!”.
A mensagem foi enviada no mesmo dia em que o autoproclamado presidente interino venezuelano, Juan Guaidó, o vice-presidente dos Estados Unidos da América, Mike Pence, e representantes do Grupo de Lima (composto por 14 países da região) se reuniram em Bogotá, na Colômbia, para analisar a crise na Venezuela.
Já o presidente da Assembleia Constituinte (composta unicamente por simpatizantes do regime), Diosdado Cabello, pediu aos venezuelanos para estarem atentos a qualquer tentativa da oposição para gerar violência no país.
Cabelo pediu ainda à população para estar preparada para “demolir as mentiras dos grandes meios de comunicação” que, no seu entender, estão ao serviço da direita e do intervencionismo.
Diosdado Cabello, que é tido como o segundo homem mais forte do chavismo, depois de Nicolás Maduro, advertiu que quem estiver a pedir uma “invasão” e “quem ficar caladinho perante a possibilidade de o país ser bombardeado, se algo acontecer” vão ser “tratados como inimigos” do país.
Por outro lado, minimizou o apoio de mais de uma centena de militares venezuelanos, que desertaram recentemente para a Colômbia, deram ao autoproclamado Presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó.
“As nossas Forças Armadas têm aproximadamente 28.000 homens e mulheres (e) levaram uma dúzia, continuem avançando que vão bem”, declarou Diosdado Cabello.
O presidente da Assembleia Constituinte “recordou” ao autoproclamado presidente interino, “e à sua gente, que não voltarão [ao poder], nem de boas, nem de más maneiras”.
Diosdado Cabello acusou Juan Guaidó e o presidente dos EUA, Donald Trump, de oferecerem “uma amnistia” e “dinheiro” aos militares venezuelanos para que estes voltem costas a Nicolás Maduro.