São já quase duas dezenas os candidatos Democratas à presidência dos EUA

PorExpresso das Ilhas, Lusa,4 abr 2019 17:58

Os pretendentes Democratas ao lugar de Presidente dos EUA, nas eleições de 2020, são já quase duas dezenas divididos por acusações de populismo e unidos pela missão de expulsar o actual Presidente, Donald Trump, segundo a imprensa norte-americana.

Se o congressista pelo Ohio Tim Ryan anunciar oficialmente hoje a sua candidatura, como prometeu, será o 17º político a dizer que vai concorrer nas primárias do Partido Democrata, para o lugar de candidato a Presidente dos EUA.

Tal como grande parte dos outros candidatos, Ryan justifica a sua intenção dizendo que está preocupado porque o seu país "está a ficar para trás, não está a saber competir", devido à inabilidade do Presidente Donald Trump, e acusando outros candidatos de "exageros populistas" nas suas promessas.

Os estados do Iowa e de New Hampshire são as primeiras paragens dos 17 candidatos a candidatos, que precisam de bons resultados nestas regiões dos EUA, onde se realizam votações numa fase inicial da corrida, para alimentarem a esperança de vencerem uma das mais disputadas eleições primárias da história do Partido Democrata.

Uma das variáveis mais importantes nesta corrida, que ainda não está clarificada, é a possibilidade de candidatura de Joe Biden, o antigo vice-presidente de Barack Obama, considerado um dos nomes mais fortes do partido para derrotar o Republicano Donald Trump.

Contudo, nos últimos dias, Biden tem estado debaixo de forte atenção mediática, depois de várias mulheres terem vindo a público dizer que, num passado recente, ele as tinha deixado desconfortáveis com contacto físico não desejado.

O Presidente Donald Trump já usou esse episódio, num comício esta semana, como arma política para procurar fragilizar uma eventual candidatura de Joe Biden, ignorando que ele próprio já foi acusado de assédio sexual por várias mulheres.

Os candidatos com posição anunciada nas eleições primárias reconhecem a vantagem competitiva de Biden, pela notoriedade do cargo de vice-presidente e pela sua proximidade a Barack Obama, cujo nome é muito respeitado no Partido Democrata.

Contudo, poucos parecem querer esperar por uma clarificação de Biden e, para além dos 17 candidatos que já formalizaram as suas candidaturas, há pelo menos mais cinco que já colocaram no terreno comissões exploratórias.

Um deles é Terry McAuliffe, antigo governador do estado da Virgínia, que está disposto a utilizar a sua imensa fortuna pessoal e a tentar tirar proveito do facto de já ter sido presidente da Comissão Nacional do Partido Democrata, para avançar numa candidatura presidencial.

Uma das razões invocadas por McAuliffe, para além de querer derrotar Donald Trump, é o facto de considerar que várias candidaturas Democratas estão infectadas por "populismo desonesto", pelas exageradas promessas que apresentam.

O tema do "populismo" tem dominado esta fase inicial da corrida presidencial no lado Democrata, com vários candidatos a acusarem-se mutuamente de jogar com os sentimentos do eleitorado e com as fragilidades de um campo político que procura uma solução alternativa a Donald Trump.

Nem o facto de a maioria dos candidatos ser neste momento membro do Congresso ou governadores e autarcas, portanto com responsabilidades políticas efectivas, tem contido as acusações entre eles de falta de idoneidade e de falsas promessas.

O clima tem diminuído o impacto de algumas das candidaturas, mas continuam a sobressair alguns nomes, sobretudo entre aqueles que mais se têm protegido destes ataques e tentado usar o prestígio dos seus lugares no Senado, como é o caso de Kirsten Gillibrand, senadora por Nova Iorque, Kamala Harris, senadora pela Califórnia, Elizabeth Warren, senadora por Oklahoma.

Mais vulnerável a estas acusações de populismo, mas tirando proveito da visibilidade que isso lhes dá, surgem os casos de Bernie Sanders, que já foi candidato presidencial e representa o lado mais radical do partido, ou John Hickenlooper, governador do Colorado, que tem radicalizado as suas propostas eleitorais.

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Autoria:Expresso das Ilhas, Lusa,4 abr 2019 17:58

Editado porNuno Andrade Ferreira  em  3 jan 2020 23:21

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