"Estamos num processo de alistamento e dei a ordem para melhorar o alistamento, para completar todas as praças das unidades militares até aos 2,3 milhões de milicianos; para que os mais jovens se incorporem às filas das FAB, como tropa regular, [...] e que se moldem como tropa profissional", disse.
Nicolás Maduro repetiu o apelo feito em 2 de Fevereiro passado, na Avenida Bolívar, para que os jovens acudam "aos centros de recrutamento, para se inscreverem para o serviço militar e para que [passem] de milicianos a soldados activos do Exército venezuelano".
"Vamos, milicianos e milicianas. Inscrevam-se", pediu.
Segundo Nicolás Maduro, estes jovens milicianos "já têm uma formação prévia, disciplina, moral, atitude e vocação militar".
"E vamos conseguindo cada vez mais uma união cívico-militar, em termos concretos, entre a força profissional das nossas FAB, o seu corpo armado nacional e a nossa milícia, como componente completar, porque é um complemento em armas", disse.
O governante explicou que as FAB e a Milícia Bolivariana vão ser uma só força: "Um só poder, para garantir que a nossa pátria continue em paz em qualquer circunstância, a paz como valor máximo de todo o esforço".
Segundo uma nota de imprensa do Ministério de Comunicação e Informação, "esta medida permitirá cobrir na totalidade as unidades militares no país, com homens e mulheres na disposição de defender a pátria, assim como potenciar os mecanismos para assegurar a defesa integral da nação".
A crise política na Venezuela agravou-se em 23 de Janeiro, quando Juan Guaidó jurou assumir as funções de presidente interino e prometeu formar um governo de transição e organizar eleições livres.
Na madrugada de 30 de Abril, um grupo de militares manifestou apoio a Juan Guaidó, que pediu à população para sair à rua e exigir uma mudança de regime, mas não houve desenvolvimentos na situação até ao momento.
Nicolás Maduro, 56 anos, no poder desde 2013, denunciou as iniciativas do presidente do parlamento como uma tentativa de golpe de Estado liderado pelos Estados Unidos.
À crise política na Venezuela soma-se uma grave crise económica e social, que já levou mais de 2,3 milhões de pessoas a fugirem do país desde 2015, de acordo com dados das Nações Unidas.