"Seria muito bom realizar eleições parlamentares mais cedo, seria uma boa forma de discussão política, uma boa solução pelo voto popular", disse Nicolás Maduro, no dia em que estão previstos protestos convocados por Juan Gaidó.
Maduro, contudo, rejeita a hipótese de uma nova eleição presidencial. "As eleições presidenciais ocorreram há menos de um ano, há dez meses", sublinhou.
O Presidente da Venezuela reiterou ainda a sua vontade de dialogar com a oposição e que as negociações podem ser mediadas por outros países.
As declarações de Nicolás Maduro em entrevista à agência de notícias estatal russa RIA Novosti surgem em plena crise política, que se agravou em 23 de Janeiro, quando o líder da Assembleia Nacional, Juan Guaidó, se auto-proclamou Presidente da República interino e declarou que assumia os poderes executivos de Nicolás Maduro.
Guaidó que viu ontem as suas contas serem congeladas, por determinação do Supremo Tribunal de Justiça.
As medidas foram anunciadas através da rede social Twitter pelo presidente do STJ, Maikel Moreno.
“A sessão plenária decretou as seguintes medidas cautelares contra Juan Gerardo Guaidó Marques: proibição de saída do país sem autorização, proibição de alienar e hipotecar bens da sua propriedade e bloqueio e imobilização das suas contas bancárias e/ou quaisquer outros instrumentos financeiros no território venezuelano”, lê-se.
Segundo Maikel Moreno, as medidas vigoram “até que termine uma investigação”.