De acordo com a Organização Meteorológica Mundial (OMM), a informação está em consonância com os outros principais conjuntos de dados da Agência Aerospacial dos Estados Unidos (NASA) do Centro Europeu para as Previsões Meteorológicas a Médio Prazo e da Agência Meteorológica do Japão.
Nove dos 10 junhos mais quentes ocorreram desde 2010. Junho de 1998 é o único do século passado que aparece entre os 10 junhos mais quentes já registados e actualmente está classificado como o oitavo mês mais quente já ocorrido.
A NOAA aponta que Junho de 2019 marca também o 43º junho consecutivo e o 414º mês consecutivo com temperaturas, pelo menos nominalmente, acima da média do Século 20.
Junho de 2019 foi o mais quente da Europa. No final do mês, as regiões ocidental e central do continente experimentaram uma onda de calor curta, mas recorde, com temperaturas médias diárias até 10°C acima do normal. As temperaturas foram marcadamente acima da média na ilha de Baffin, no norte da Sibéria, onde os incêndios foram predominantes, e em algumas partes da Antárctida.
Outras regiões que tiveram temperaturas substancialmente acima do normal incluem Groenlândia, Alasca e partes da América do Sul, África e Ásia. A Índia e o Paquistão sofreram uma severa onda de calor no início do mês, antes do início das monções.
Recordes de temperaturas altas durante Junho deste ano foram sentidas em toda a Ásia, África, América do Sul, norte do Oceano Índico e algumas partes dos oceanos Pacífico e Atlântico.
A OMM destaca que as temperaturas são apenas parte da história. De acordo com uma análise do Centro Nacional de Dados de Neve e Gelo, que usou dados da NOAA e da NASA, o mês apresentou a segunda menor extensão de gelos do Árctico para Junho em 41 anos de registos, atrás apenas do recorde estabelecido em Junho de 2016.
O gelo do mar antárctico foi o mais baixo já registado.
O Boletim Hidrológico de Junho, do Serviço de Mudança Climática Copernicus, da União Europeia, mostrou que uma grande região que se estende do sudoeste da Europa, da Europa Central à Ucrânia, ao sul da Rússia e ao norte da Sibéria teve condições mais secas do que a média. O fenómeno terá ocorrido devido a um índice menor de precipitação do que o normal e temperaturas muito acima da média.
A maior parte do sudeste da Europa, os Balcãs e a Turquia experimentaram condições mais húmidas que a média. No Hemisfério Sul, a Austrália e a África Austral continuaram com condições muito secas.
A temperatura acumulada no ano em toda a superfície terrestre e oceânica global está vinculada a Junho de 2017, como a segunda maior entre Janeiro e Junho no histórico de 140 anos. Segundo a NOAA, apenas o período entre Janeiro a Junho de 2016 foi mais quente.
A OMM apresentará um relatório sobre o estado do clima na Cúpula das Nações Unidas sobre Acção Climática, em Nova Iorque, a 23 de Setembro.