O encontro entre João Lourenço, Félix Tshisekedi (RDCongo), Paul Kagame (Ruanda) e Yoweri Museveni (Uganda) visa a assinatura de instrumentos que firmam os entendimentos alcançados entre o Uganda e o Ruanda, com o apoio dos chefes de Estado angolano e da RDCongo.
Na anterior cimeira, realizada a 12 de Julho, também em Luanda, os quatro chefes de Estado africanos condenaram a persistência de grupos armados no leste da RDCongo, que criam obstáculos ao processo de paz naquele país e nos Estados vizinhos e decidiram dar prioridade à resolução de diferendos pela via pacífica, através de canais convencionais e no “espírito de irmandade e solidariedade africanas”.
Nessa altura, segundo um comunicado divulgado no final da cimeira, os líderes defenderam que é preciso interligar o diálogo para a paz à integração económica e, nesse sentido, deram especial atenção aos conflitos fronteiriços entre o Ruanda e Uganda, e também entre os três países, com a inclusão da RDCongo, destacando a “vontade política” das partes em prosseguir o diálogo.
Na cimeira, Angola foi incumbida de facilitar o processo, com o apoio da RDCongo, cujo Presidente, em Março deste ano, se tinha disponibilizado para mediar o conflito, o que levou à reunião de 31 de Maio, em Kinshasa, então sem o Uganda, país que foi agora convidado por João Lourenço para estar presente na cimeira.
“ [Os quatro países vão] continuar a dedicar uma atenção particular à criação de um ambiente propício para o fomento da cooperação entre os seus respectivos países em domínios de interesse comum, incluindo o político e económico”, lia-se na declaração final.