O acordo político, a que a Lusa teve acesso, foi assinado na terça-feira em Dakar, capital no Senegal, por Nuno Nabian e Umaro Sissoco Embaló, que vai disputar a segunda volta das presidenciais, marcada para 29 de Dezembro, com Domingos Simões Pereira.
De recordar, entretanto, que há precisamente uma semana, Nabian aceitava negociar o seu apoio ao candidato Domingos Simões Pereira, embora salvaguardando que iria manter contactos com a candidatura de Umaro Sissoco Embaló.
Quanto ao presente acordo, pode ler-se no documento que os subscritores @assumem o princípio de colaboração ativa no apoio à eleição na segunda volta do candidato Umaro Sissoco Embaló".
O acordo político refere também que Nuno Nabian vai trabalhar em conjunto com os partidos que o apoiam para assegurar que o seu eleitorado se mantenha coeso, evite dispersão de votos e se consolide em torno de Umaro Sissoco Embaló".
"Em caso de vitória, as partes comprometem-se a trabalhar juntos para promover a concórdia nacional, a unidade nacional e a criar um clima de paz e estabilidade indispensável ao bom desempenho do cargo de Presidente da República", refere-se também no acordo.
O documento tem também as assinaturas, como testemunhas, de Braima Camará, coordenador nacional do Movimento para a Alternância Democrática (Madem-G15), partido que apoia Umaro Sissoco Embaló, Alberto Nambeia, presidente do Partido de Renovação Social (PRS), que apoiou Nuno Nabian na primeira volta, e do próprio Nabian, enquanto presidente da APU-PDGB.
Na sequência das eleições legislativas, em 10 de Março, a APU-PDGB fez um acordo de incidência parlamentar com o Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), vencedor do escrutínio, permitindo a formação do actual Governo, liderado por Aristides Gomes.
Em Novembro, o Presidente cessante, José Mário Vaz, demitiu o Governo de Aristides Gomes justificando a decisão com a existência de uma nova maioria no parlamento entre o Madem-G15, PRS e APU-PDGB, mas três dos cinco deputados da APU-PDGB no parlamento afirmaram à Lusa que continuam a apoiar o actual Governo.
A segunda volta das presidenciais vai ser disputada por Domingos Simões Pereira, que obteve 40,13% dos votos, e Umaro Sissoco Embaló, que conseguiu 27,65% da votação dos guineenses.
A campanha eleitoral para a segunda volta tem início no dia 13 e vai decorrer até dia 27 de Dezembro.